FCT Unesp inaugura novo prédio do Coletivo Ceetas

Evento ocorre nesta terça-feira (23) e vai contar a presença da vice-reitora da Unesp, Profa. Dra. Maysa Furlan, e autoridades locais

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 22/05/2023
Horário 20:05
Foto: Roberto Mancuzo
Prédio onde irá funcionar o Ceetas na FCT Unesp
Prédio onde irá funcionar o Ceetas na FCT Unesp

“Os estudantes e a comunidade são, sempre foram e serão os principais destinatários das nossas ações enquanto pesquisadores e professores. Nascemos para fazer isso e o coletivo nos proporciona esta realização”. É o que afirma o professor Antônio Thomaz Júnior diante da inauguração do novo prédio do (Ceetas) Centro de Estudos em Educação, Trabalho, Ambiente e Saúde), da FCT/Unesp, nesta terça-feira (23), às 16h30.

A inauguração terá a presença da professora Dra. Cristina Baron e do professor Ricardo Pires de Paula, diretora e vice-diretor da FCT Unesp, juntamente da vice-reitora da universidade, professora Maysa Furlan; o pró-reitor de Pesquisa, Edson Cocchieri Botelho; o pró-reitor de Planejamento Estratégico e Gestão, Estevão Tomomitsu Kimpara; pró-reitora de Graduação, professor Maria Valnice Boldrin; pró-reitor de Extensão Universitária e Cultura, professor Raul Borges Guimarães; a assessora da vice-reitoria, professora Rosemary Adriana C. Marcantonio; a coordenadora de Saúde e Segurança do Trabalhador, Ludmila Cândida de Braga e o coordenador de Permanência Estudantil, professor Mario Sergio Vasconcelos.

Além deles, estão convidadas autoridades do Ministério Público do Trabalho e do Fórum Trabalhista de Presidente Prudente e o supervisor do Cerest de Presidente Prudente (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador), João Raphael Souza Catalan, além da população em geral e comunidade acadêmica.

História

O Centro de Estudos nasceu em meados de 2012 como resultado da união de três grupos de pesquisa vinculados ao Departamento de Geografia: CEGeT (Centro de Estudos de Geografia do Trabalho), coordenado pelo professor Antonio Thomaz Júnior; LBGS (Laboratório de Biogeografia e Geografia da Saúde), coordenado pelo professor Dr. Raul Borges Guimarães; e Gestão Ambiental e Dinâmica Socioespacial, coordenado pelo professor Dr. Antonio Cezar Leal.

A ideia de criação do Centro de Estudos partiu da intenção em juntar as três áreas trabalhadas pelos professores nos laboratórios da FCT, tendo a possibilidade de elaborar um projeto temático para Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), que abrangesse pesquisas e atividades nas áreas de Geografia do Trabalho, Geografia da Saúde e Ambiental.

Desde o início, os objetivos principais do Ceetas visam produzir conhecimentos renovados e voltados aos problemas dos trabalhadores, educação e questões ambientais. De forma mais específica, porém, segundo o coordenador do CEETAS, professor Antonio Thomaz Júnior, um dos objetos centrais de estudo e pesquisa diz respeito aos efeitos da prática de monocultura da cana-de-açúcar associado ao que é chamado de modelo químico dependente. “Aqui na nossa região, a cana começa a se expandir de forma efetiva a partir de 2005. O projeto inicia em 2013. Então, pegamos o início dessa ‘arrancada’, que se dá ainda por um corte manual, mas vivenciando um período de transição para o corte mecanizado. Nesse processo todo, esse modelo teve um papel crucial para um momento de muito avanços dessas práticas e que tiveram revelações de curto, médio e longo prazo”.

Segundo ele, o projeto exigiu que nós constituíssemos uma equipe multidisciplinar, formada por pesquisadores atuantes, tanto aqui do nosso campus, quanto externos. “Ou seja, trouxemos vários profissionais para nos ajudar a entender a situação que se apresentava aqui. Começamos com 28 pesquisadores, dentre eles, muitos renomados e que também nos assessoravam. Ao longo do tempo, conseguimos trazer colegas que somassem com esses temas já definidos”, disse Thomaz, ressaltando que foi no convite a novos nomes que o Cetas, até então com um ‘E’, ganhou mais um ‘E’, com a integração ao projeto do Centro de Estudos em Educação, Trabalho, Ambiente e Saúde.

“Implementamos esse ‘E’, pois conseguimos trazer para trabalhar conosco profissionais e colegas da área da Educação, de maneira que fizéssemos as pesquisas chegarem às escolas, especialmente às unidades de assentamentos, para discutir com diretores, gestores e, principalmente, professores e estudantes, o que estávamos conseguindo através da nossa pesquisa. Além, claro, de traduzir não só conhecimento científico, como também a produção intelectual no formato de mapas, de artigos e de teses”, explica Thomaz Júnior.

De acordo com ele, a partir disso, os impactos sobre as famílias camponesas da região passaram a ser o objeto principal de pesquisa do projeto temático. “Tivemos o apoio fundamental dos estudantes de vários níveis, como Graduação, Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado, e que carinhosamente chamamos de ‘orientandos’, para que viessem trabalhar conosco. Os planos de trabalho só foram possíveis de serem realizados por conta deles. A marca do nosso sucesso é essa sincronia no trabalho coletivo.”

Avanços

O professor Thomaz Júnior reforça que a importância do Ceetas para a comunidade acadêmica local, nacional e internacional é enorme porque a constituição do coletivo, e os recursos que vieram por ele, ajudaram a tirar do papel uma série de pesquisas. “O projeto ajudou os professores que não estavam envolvidos nos programas para que conseguissem fazê-lo, mas também trouxe pessoas que conseguiram levar adiante estudos e reflexões que não tinham sido possíveis até então. Foi uma troca muito significativa para a comunidade”, afirma.

Thomaz ainda explica que as contribuições do projeto temático romperam fronteiras midiáticas, especialmente através do filme documental “Nós Chegamos Primeiro”, que aborda a questão dos agrotóxicos, do modelo químico-dependente, protagonizado pela agroindústria canavieira e os impactos na saúde dos trabalhadores, das famílias camponesas e assentadas da Reforma Agrária, no ambiente e na comunidade em geral, no Pontal do Paranapanema.

Serviço

O novo prédio do Ceetas será inaugurado na FCT Unesp de Presidente Prudente nesta terça-feira (23), às 16h30. O evento é gratuito e aberto à toda comunidade acadêmica e a população em geral.

 

 

 

 

 

 

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