Fenômeno ainda desconhecido

Órgãos públicos e entidades comerciais têm dificuldade para entender esse rápido crescimento, já que não possuem levantamentos sobre os imigrantes chineses

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 23/10/2019
Horário 04:02
Paulo Miguel - Felipe Zheng é vendedor de calçados no shopping Vila Romana
Paulo Miguel - Felipe Zheng é vendedor de calçados no shopping Vila Romana

O jovem vendedor de calçados no Shopping Vila Romana, Felipe Zheng, 25 anos, explica como, vindo da China, veio parar em Presidente Prudente. Fora convidado por um empresário de São Paulo para fazer parte do novo comércio que estava abrindo na cidade. “Quando abriram o Vila Romana, receberam a proposta do dono do empreendimento, que possui estrutura semelhante na capital, para virem para Prudente”, confirma o gestor do shopping, Rogério Guitti, 38 anos. Ele enfatiza que o intuito do empresário é fomentar o comércio prudentino, trazendo para o interior algo que até então só poderia ser encontrado em São Paulo, em locais como a famosa Rua 25 de Março.

O ponto que chama atenção é que as organizações municipais sabem muito pouco do que abrigam e do que, no bom sentido da palavra, enfrentam. Nem a Sedepp (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), nem a Acipp (Associação Comercial e Empresarial), nem o Sincomércio (Sindicato dos Comerciantes Varejistas), nem, sequer, a Junta Comercial, possuem dados e levantamentos que os permitam entender esse fenômeno de rápido crescimento do comércio chinês na cidade. Em nenhuma das instituições, a reportagem pode encontrar a quantidade de chineses que vivem e/ou possuem comércio em Prudente.

O presidente do Sincomércio, Vitalino Crellis, 79 anos, destaca que apenas três comerciantes chineses são associados ao sindicato, por não se tratar de algo obrigatório. “Não há diferença nenhuma entre os chineses e os prudentinos. Desde que eles colaborem, paguem seus impostos, seus aluguéis, não há problema nenhum”, pontua o presidente do sindicato.

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