A figueira localizada na Rua Francisco de Paula Goulart, na Vila Ocidental, em Presidente Prudente, há décadas embeleza a calçada ao lado do PUM (Parque de Uso Múltiplo). A área, que fica perto do centro, recebe pessoas diariamente, que por décadas admiram a grande e imponente árvore. No entanto, após passar por um suposto envenenamento e um incêndio, a espécie sofre as consequências do tempo e do homem. Ontem, mais um episódio inesperado marcou a história da figueira, que é considerada um patrimônio paisagístico, quando um galho de aproximadamente 5 metros caiu e atingiu a calçada do local. Um leitor, que prefere não se identificar, externa preocupação com a atual situação da árvore e a segurança de transeuntes, e cobra do município medidas de proteção para o local. Por meio de nota, a Prefeitura informou que irá realizar a poda de galhos que apresentam risco de queda.
Na última semana, as quedas se intensificaram, explica o reclamante. No último sábado, inclusive, um galho menor se desprendeu da árvore. Mas, foi na manhã de ontem, por volta das 9h, que o susto maior aconteceu. “Ninguém estava esperando o galho cair. Ele não tinha nem sequer um trinco ou uma rachadura”, explica.
O leitor alega que vem pedindo ajuda desde quando a árvore foi envenenada há dois anos, pois foi daí que os galhos começaram a secar e cair. “Já entramos em contato com o Horto Florestal, e a resposta que se tem é que se trata de um patrimônio público. No entanto, ninguém está cuidando. É uma tragédia anunciada! Hoje, deu sorte de não ter ninguém, mas a qualquer momento ela pode atingir um pedestre ou um carro”, acrescenta. No local, a reportagem notou que há outros galhos em situações fragilizadas.
Em nota, a Prefeitura, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, informa que técnicos da pasta fizeram uma vistoria na figueira nesta última segunda-feira, e que foi constatada a necessidade de realizar podas em galhos que apresentam risco de queda. “Devido à grande altura da árvore, será necessário o uso de uma plataforma elevatória para viabilizar os cortes. A previsão é de que o trabalho seja realizado no início da semana que vem”, acrescenta o município.
Em maio de 2018, o prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB) assinou um decreto que declarava proteção a três árvores do município como patrimônio paisagístico, sendo a figueira uma delas. Em seu artigo segundo, o documento diz que as espécies arbóreas a que se refere o decreto têm o nome científico de “Ficus elástica”, pertencente à família “Moraceae”, e nome popular figueira ou falsa figueira. “As árvores aqui citadas ficam imunes a corte, remoção, replantio, queima, poda abusiva ou drásticas e todo e qualquer prática de injúria que possa acarretar sua morte ou prejudicar seu estado fitossanitário”, diz o artigo quarto.
