Doze pessoas foram identificadas pela Polícia Civil como integrantes de um grupo criminoso responsável por praticar fraudes que provocaram mais de R$ 2,2 milhões em prejuízo a empresas, clientes de um escritório de contabilidade de Presidente Prudente, também vítima. Tais indivíduos, da capital do oeste paulista, de Araçatuba e Jaguapitã (PR), serão indiciados e responderão a procedimento pelos crimes de estelionato com fraude eletrônica; furto qualificado; falsificação de documento público e privado; organização criminosa; e lavagem de capitais.
Nesta sexta-feira, durante a Operação Tributum, a 1ª DIG/Deic-8 (Delegacia de Investigações Gerais da Divisão Especializada de Investigações Criminais), com apoio da Polícia Civil de Araçatuba e do Paraná, deu cumprimento a 11 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados aos suspeitos, nas três cidades citadas. As medidas cautelares foram solicitadas à Justiça pela Polícia Civil após cinco meses de ações de inteligência, com o objetivo de coletar material eletrônico que embasasse o inquérito policial em andamento e com vistas a objetos móveis e imóveis para possível ressarcimento das vítimas.
“Parte dos identificados eram colaboradores de escritório de contabilidade vítima e, abusando dos acessos a senhas e da confiança criada, além de subtrair valores de contas de pessoas jurídicas, justificando multas inexistentes, falsificavam boletos sobre taxas ou impostos reais e os enviava às vítimas, usando o layout do escritório, fazendo-as pagar na crença da boa-fé”, explica a Polícia Civil.
“Para dar veracidade à ação, o grupo criminoso organizado que possuía funções e atribuições divididas, criou e registrou pessoa jurídica com o nome fantasia que levava a erro as vítimas quando clicavam nos aplicativos para pagamento via boleto ou QR code, dando ainda mais credibilidade e facilitando a consumação das ações”, prossegue o órgão investigativo.
A prática dos crimes, que prosseguiram por pouco mais de seis meses, foi encerrada antes do fim do ano financeiro. “A parte do grupo colaboradora do escritório, apagando grande parte das provas, exonerou-se e mudou de cidade. Outra parte, usada para a movimentação, ocultação e integração dos valores criminosos em contas ou aquisição de bens em seus nomes, também fora identificada e teve a ação cautelar deferida. Com o grupo e com o resultado das buscas realizadas, a Polícia Civil busca a identificação de outros comparsas, contratos cerrados e identificação de patrimônio adquirido com os valores desonestos”, finaliza.