Funcionários do transporte coletivo retomam a greve em Presidente Prudente

Desta vez, paralisação não envolve o Sintrattepp; audiência de ontem não resultou em acordo entre Prudente Urbano e grevistas

PRUDENTE - ROBERTO KAWASAKI

Data 04/11/2020
Horário 09:50
Arquivo/Weverson Nascimento - Desta vez a paralisação não envolve o Sintrattepp
Arquivo/Weverson Nascimento - Desta vez a paralisação não envolve o Sintrattepp

Na manhã de hoje, os funcionários do transporte coletivo de Presidente Prudente retomaram a greve. O motivo da paralisação é o atraso do pagamento do vale-alimentação, que foi assunto da discussão ocorrida durante reunião na tarde de ontem no Tribunal Regional do Trabalho, que encerrou sem acordo entre a Prudente Urbano e o sindicato.

Porém, desta vez a paralisação não envolve o Sintrattepp (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Terrestres de Presidente Prudente e Região), uma vez que acatou a decisão da desembargadora do Trabalho, Tereza Aparecida Asta Gemignani, que decidiu pela manutenção de 70% dos trabalhadores e da prestação dos serviços de transporte público durante os horários de pico, e de 50% nos demais horários, sob pena de multa no valor de R$ 5 mil por trabalhador que não cumprir a ordem.

Tiquete reduzido 

Conforme publicado por este diário, o presidente do sindicato, Wagner Schiavão, comentou que, por causa da pandemia, a empresa, em acordo com os trabalhadores, reduziu o tíquete por quatro meses, de R$ 500 para R$ 250, de forma que em agosto esse valor já deveria voltar a ser pago de forma integral. No entanto, segundo ele, a Prudente Urbano teria proposto a manutenção do acordo por mais quatro meses, o que não foi aceito pelos funcionários.

“A empresa, então, pagou R$ 500 naquele mês, depositou apenas R$ 250 em setembro e não realizou o pagamento até hoje [ontem] do valor de outubro, que deveria ser dia 20, ou seja, cada trabalhador tem pelo menos R$ 750 a receber em atraso”, pontua. 

Em relação aos salários, o presidente comentou que, mesmo com eventuais atrasos, o pagamento ocorre sem grandes problemas. “Essa situação é desgastante. Tem relatos de funcionários que estão passando necessidade em casa, e nada é feito para mudar isso”, pontua o sindicalista. 

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