Funcionários protestam em hospital de Epitácio

REGIÃO - VICTOR RODRIGUES

Data 15/11/2016
Horário 08:54
 

Os funcionários da Santa Casa de Presidente Epitácio realizaram mais um manifesto contra os atrasos dos salários, na manhã desta segunda-feira. Cerca de 20 servidores se reuniram às 9h, em frente ao hospital, e seguiram até a avenida principal. "O número não foi maior porque só puderam comparecer aqueles que estavam de folga. Os serviços não foram parados", comenta Rogério Soares da Silva, funcionário e um dos diretores do Sindsaúde (Sindicato dos Trabalhadores Públicos na Saúde de Presidente Prudente e região).

Jornal O Imparcial Ontem, funcionários iniciaram manifesto em frente ao hospital

Este é o segundo manifesto, o primeiro ocorreu no mês passado. De acordo com ele, os salários têm sido pagos com atraso há um ano. "Nos meus dez anos de casa, sempre recebi com atraso, mas eram poucos dias, um ou dois, e os funcionários toleravam. Mas de um ano para cá a situação pirou. O combinado é recebermos no quinto dia útil de cada mês, e temos colegas que vêm receber somente dia 29, no final do mês", explica.

A situação é geral e atinge todos os setores, assim como médicos, enfermeiros, administrativos e outros mais. "Não pode ficar assim. Queremos uma posição do hospital e da Prefeitura, e exigimos que nosso dinheiro seja pago em dia", reivindica Rogério.

O motivo dos atrasos, segundo a santa casa, é que a Prefeitura tem demorado a fazer os repasses do convênio, e isso afeta a folha de pagamento.  O provedor da unidade, Francisco Feitosa do Nascimento, explica que a administração municipal repassa R$ 400 mil mensais para arcar com manutenção e salários. "Já estamos com dez dias de atraso. A santa casa não tem recurso em caixa para arcar com isso, infelizmente. O protesto é um direito deles. Não gostaria que isso fosse preciso, mas os funcionários têm suas razões", relata o provedor.

Francisco diz ainda que conversou recentemente com o prefeito Sidnei Caio da Silva Junqueira, Picucha (PMDB), e a previsão é que os recursos sejam liberados somente perto do dia 20. "Ele fala que o grande problema está na queda da arrecadação de impostos devido à crise financeira que tem assolado o país. Mas os atrasos não chegam a ultrapassar o mês. Ninguém deixa de receber" afirma o provedor.

O jornal tentou entrar contato com Picucha no decorrer da tarde de ontem, para comentar o assunto, mas ele não foi encontrado.

 
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