Fundação Mirim: há 60 anos transformando vidas

Entidade completa mais um ano hoje e comemora o trabalho social que há seis décadas realiza, dando a oportunidade de primeiro emprego a mais de 45 mil adolescentes

PRUDENTE - MARCO VINICIUS ROPELLI

Data 21/04/2020
Horário 08:48
Cedida - Recepção dos novos mirins, jovens entre 15 e 16 anos que buscam o primeiro emprego
Cedida - Recepção dos novos mirins, jovens entre 15 e 16 anos que buscam o primeiro emprego

“É mais de meio século na preparação e transformação de vidas. Trabalho realizado com seriedade e compromisso, sendo orgulho de Presidente Prudente e região na busca por mais igualdade e oportunidades, por meio da educação e aprendizagem profissional”. Esta é a mensagem que os dirigentes da Fundação Mirim de Desenvolvimento Social, Educacional e Profissional do Adolescente de Presidente Prudente pretendem transmitir aos cidadãos neste mês que comemoram 60 anos de serviços prestados.

Hoje, 21 de abril, segundo a analista de marketing da entidade filantrópica, Vivian Gabriele Maldonado Silva, 22 anos, seria a data de uma importante festividade. Por conta da pandemia do novo coronavírus, entretanto, a festa com os jovens aprendizes, os colaboradores e empresas parceiras foi adiada, mas a verdadeira comemoração não é esquecida: os mais de 45 mil jovens que passaram pela fundação nos 60 anos, os 600 atendidos todos os anos pela entidade e a alta taxa de efetivações dos mesmos.

Um exemplo da importante função social da Fundação Mirim é a história do assistente de administração Rangel Alves, 24 anos. Ingressou aos 15 anos na entidade, passou pelos cursos de capacitação e em pouco tempo estava empregado, foi o primeiro menor aprendiz da Rede Energia, atual Energisa, onde saltou ao posto de estagiário quando iniciou a faculdade de Administração e com a conclusão do curso superior foi contratado; por lá ficou durante oito anos.

Desde a primeira oportunidade de ingresso ao mercado de trabalho, à escolha do curso, Rangel afirma, tem relação com aquilo que viveu na entidade. Escolheu Administração, pois se identificou com a área que atuou como menor aprendiz e hoje, depois de um processo seletivo, exerce sua aptidão em outra empresa. “Os ensinamentos da fundação foram uma base para meu desenvolvimento pessoal e profissional, um divisor de águas”, considera.

A relação com a instituição que proporcionou sua inserção no mercado é tão grande que, mesmo depois de desligar-se da condição de mirim, continuou, por intermédio de um convite, a fazer parte do grupo de voluntários que compõe a diretoria da entidade, primeiro como conselheiro fiscal, depois como presidente e nos dias de hoje como secretário, sempre trabalhando lado a lado com o gerente administrativo, Paulo Zampieri, e a gerente educacional, Joyce Passone.

SERVIÇOS

DA ENTIDADE

Os assistidos, prioritariamente, são jovens que façam parte de famílias com vulnerabilidade social (com baixa renda comprovada ou beneficiárias de programas sociais). Os adolescentes admitidos são aqueles entre 15 e 16 anos que passam por avaliação escrita (aspectos pedagógicos e cognitivos) e entrevista (condição social). Eles permanecem na fundação até 18 anos incompletos.

Por lá, com auxílio de 35 pessoas, entre colaboradores, orientadores, professores, voluntários, estagiários, diretoria e outros, os jovens que ainda não conseguiram o primeiro emprego, chamados pré-mirins, recebem proteção social básica com o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, no qual, em reuniões quinzenais, as famílias também recebem orientações de palestrantes.

Para aqueles que se formaram neste ou que conseguiram ingressar em uma das empresas parceiras, são oferecidos programas de aprendizagem profissional, a depender do curso de interesse ou área de atuação na empresa, são eles: Programa de Aprendizagem Profissional em Serviços Administrativos e Programa de Aprendizagem Profissional em Serviços de Operador de Lojas e Mercados.

Para os próximos 60 anos, os planos da fundação são claros: “Ser uma instituição [ainda mais] reconhecida pelo seu modelo estrutural, autossuficiência, e ações educativas, ampliando assim sua atuação territorial, zelando sempre pela qualidade nos cursos oferecidos e oportunidades no mercado de trabalho”.

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