Mesmo admitindo que treina menos que outros competidores, por conta da conciliação que tem que fazer entre faculdade de Engenharia e o caratê, Gabriel Hamada, 20 anos, de Presidente Venceslau, passou pela fase estadual do Pré-Olímpico. Agora, aguarda e se prepara para disputar a fase nacional. As competições começam no dia 8 de dezembro com as eliminatórias e, já no dia seguinte, ocorrem as finais, a partir das 10h, em Araguaína (TO).
O Pré-Olímpico nacional é de extrema importância para os lutadores da categoria, pois, além de classificar o campeão para a seleção sênior 2018, também abre portas para disputar as Olimpíadas de Tóquio, em 2020. “Tenho ciência que vou enfrentar os melhores atletas do país, mas acredito que se eu conseguir lutar consciente e usando a cabeça, vou ter um bom desempenho”, conta o carateca.
Como dito acima, o lutador além de conciliar faculdade e luta, tem também mais uma dificuldade na rotina de treinamentos. Como seus senseis Alexandre Serra, Diego e Guilherme Ozaki, não são de sua atual cidade, Ilha Solteira (SP), seus treinamentos são feitos apenas durante os finais de semana em que viaja para a casa dos pais, que ainda moram em Presidente Venceslau. “Consigo treinar caratê apenas quando volto pra casa dos meus pais, em alguns finais de semana e, ainda assim, tenho que me deslocar até Prudente que é onde eu treino quando possível”, explica.
Estadual
A competição que o classificou para a próxima etapa foi disputada em São Paulo durante o último final de semana. Na ocasião, tinham quatro atletas da categoria do competidor da região e a disputa foi feita em forma de rodizio. Todos lutaram contra todos e os dois que somaram mais pontos fizeram a final. A pontuação foi feita como no futebol: 3 pontos em caso de vitória, 1 em empate e 0 em derrota. “Minhas duas primeiras lutas foram contra atletas um pouco menos experientes e eu e venci ambas pelo placar de 2 a 0”, relembra Hamada.
Na última disputa, a luta envolvia o atual campeão Paulista da categoria e terceiro colocado no campeonato Brasileiro, que neste ano já havia vencido Gabriel Hamada em outra competição. “Como nós já nos conhecíamos, a luta começou um pouco mais fria, ninguém querendo arriscar muito sabendo da qualidade do adversário. Foi quando ele perdeu a paciência e tentou pontuar, mas eu soube aproveitar a oportunidade e marquei o primeiro ponto”, relata.
Com a vantagem no placar, o adversário teve que buscar mais a luta para reverter a situação e, faltando 48 segundos para o final, ele conseguiu empatar. Com a mudança ocorrida no regulamento deste ano no caratê, no caso de empate, leva a vantagem quem marca o primeiro ponto, no caso, Gabriel Hamada. “Sabendo disso, ele continuou na busca de mais um ponto, porém consegui administrar a vantagem e, pelo novo regulamento, venci a luta e conquistei a vaga”, comemora.
“Tenho ciência que vou enfrentar os melhores atletas do país, mas acredito que se eu conseguir lutar consciente e usando a cabeça, vou ter um bom desempenho”.
Gabriel Hamada
carateca
