Hiroshima

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista a favor da energia nuclear para fins pacíficos e não para o fim da humanidade

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 06/08/2020
Horário 05:32

No dia 6 de agosto de 1945, a partir das 8h, a humanidade passou a viver por prorrogação, como disse alguém sobre o assassinato em massa perpetrado pelos EUA em Hiroshima e, três dias depois, em Nagasaki, no Japão. Foi no horário supracitado que o avião Enola Gay lançou a bomba atômica em Hiroshima.
Como sadismo não tem limites, apelidaram a bomba de Little Boy e a bomba jogada em Nagasaki, no dia 9, foi chamada de Fat Man. Pois é: um "rapazinho" (Little Boy) e um "homem gordo" (Fat Man) causaram um genocídio atômico. Pela primeira vez na história da humanidade foram usadas armas nucleares com grande poder de destruição. 
Estima-se que de 90 mil a 166 mil pessoas morreram em Hiroshima, a metade no primeiro dia. Já em Nagasaki o "homem gordo" também "matou com gosto": entre 60 mil e 80 mil mortos e a metade também morreu no primeiro dia, segundo alguns pesquisadores. As vítimas tiveram queimaduras horríveis.
Assassinato em massa desnecessário até porque o Japão já estava arrasado e cogitava a rendição. A diplomacia agiu nesse sentido, mas os EUA não estavam nem aí, como se diz no popular. Os americanos precisavam intimidar e amedrontar um rival poderoso, que também desenvolvia a bomba atômica: a União Soviética.
Era preciso "botar medo nos russos" e, principalmente por isso, explodiram as bombas e o Japão pagou o pato. Uma tragédia que poderia ter sido evitada. Ao longo dos anos, milhares de moradores, contaminados pela radiação, morreram de câncer. 
Convém lembrar que a radiação das duas bombas ainda está na atmosfera e, segundo um internauta com o qual troquei figurinhas, essa radiação só será totalmente dissipada daqui a 30 mil anos. Vejam vocês o poder maligno das armas nucleares.
Há que se temer, nos dias de hoje, certos malucos que tornaram-se "governantes" de nações que têm arsenais nucleares. Pelo menos dez países têm bombas atômicas. Tais "governantes" são um perigo para a humanidade e para a democracia.
Ainda sobre o Japão, o país se rendeu no dia 2 de setembro de 1945, data que marcou o fim da Segunda Guerra Mundial, que matou cerca de 50 milhões de pessoas. A rendição foi assinada, em um navio, pelo imperador Hiroíto e pelo general Douglas MacArthur. 
Uma curiosidade: entre as testemunhas estava um marinheiro que se tornaria um dos maiores galãs do cinema. Era Tony Curtis, cujo topete Elvis Presley teria copiado.
Outra curiosidade: MacArthur passou a "governar" o Japão e - surpresa - fez a reforma agrária em um país feudal. Logo ele que era ultradireitista de carteirinha, o que prova que a reforma agrária não é coisa de comunista. O anticomunista MacArthur deixou isso claro. 
Quanto a Hiroíto, ele dizia ao povo japonês que era preciso "suportar o insuportável e tolerar o intolerável". Não se sabe se Hiroíto deu o exemplo e também "foi para o sacrifício". Claro que não. Como disse um amigo meu, "ele estava "numa" de rei e o povo aceita tudo de rei".

DROPS

Em certos países o governo é o Kid Bengala e o povo é a atriz pornô.

Torresmo é a cútis do porco.

Grupo de risco é também o que entra no mato sem cachorro.

Quem não tem perdigueiro caça com vira-lata.
 

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