História de Wilson Cruz se confunde com a de Epitácio

“Ele é testemunha viva de todas as transformações que a cidade passou, vivenciando ativamente o ciclo da navegação, da madeira e do turismo...”, diz o filho

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 28/12/2021
Horário 08:00
Foto: Cedida
Aos 88, Wilson Cruz posa na Esquina da Memória de Epitácio
Aos 88, Wilson Cruz posa na Esquina da Memória de Epitácio

Ao mostrar um pouco da história de Presidente Epitácio num painel em azulejos, na esquina da Rua Curitiba com a Rua Recife, Wilsinho Cruz, filho do contador Wilson Cruz que tem seu escritório no local, revela que além de resgatar a memória do município, dá a possibilidade aos mais jovens de conhecerem como era a cidade, inclusive, podem ver lugares que ouviram seus avós ou pais falarem, como ele ouviu do seu.
 “E para os mais vividos, é um sopro de alegria ao relembrarem de lugares que marcaram toda sua vida, como tem sido para o meu pai”, pontua Wilsinho, que considera de fundamental importância deixar para as novas gerações um legado de preservação da memória e da história, afinal, um povo sem memória é um povo sem identidade.
“Ele brinca e fala que o escritório dele era tão quieto, agora volta e meia tem um ou mais parado observando, comentando. E isso é gratificante”, diz Wilsinho.
Com 88 anos, que ele completou em 10 de dezembro, Wilson Cruz, pai de Wilsinho, tem uma história de vida que se confunde com a história de Epitácio. Nascido em 1933 no Porto/Vila Tibiriçá, local onde a região de Prudente começou em 1907, ele é filho de Leopoldina Cruz, pioneira epitaciana que chegou em 1910 ao Porto Tibiriçá. 

“ELE BRINCA E FALA QUE O ESCRITÓRIO DELE ERA TÃO QUIETO, AGORA VOLTA E MEIA TEM UM OU MAIS PARADO OBSERVANDO, COMENTANDO. E ISSO É GRATIFICANTE”
Wilsinho Cruz

“Como Epitácio se tornou município apenas em 1949, ele é testemunha viva de todas as transformações que a cidade passou, vivenciando ativamente o ciclo da navegação, da madeira e do turismo. Inclusive, Epitácio foi agraciada com o título de estância turística quando ele era o coordenador de Turismo do município”, revela o filho. 
Contador por profissão e ainda em atividade, o senhor Wilson é um museu vivo da cidade e escreveu vários artigos contando fatos e acontecimentos da cidade para jornais e revistas. Além de, aos 86 anos, ter lançado o livro "Nossa Senhora dos Navegantes - 70 anos de História", sobre a tradicional Festa de Nossa Senhora dos Navegantes, que ele participa desde 1948.
Casado com Maria Celeste de Souza Cruz há 62 anos, esse encontro de vidas lhes deu três filhos, Agnaldo Cruz, Marcia Celeste e Wilsinho Cruz. E vieram três netos, Isabela, Natália e Gabriel.


 

 

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