Setembro foi um mês intenso no HE (Hospital de Esperança) de Presidente Prudente. Foram 10.420 atendimentos realizados entre consultas, cirurgias, internações, sessões de quimioterapia, radioterapia e exames de diagnóstico. Mais do que números, o resultado demonstra o ritmo de um hospital que se tornou referência em cuidado oncológico no oeste paulista — uma estrutura que combina tecnologia, acolhimento e compromisso social.
Atendendo pacientes de mais de 45 municípios, o HE oferece atenção integral que evita longos deslocamentos e devolve conforto às famílias. Pacientes que antes precisavam percorrer 360 quilômetros até Barretos, 330 até Jaú ou 560 até São Paulo agora contam com tratamento completo em Presidente Prudente, perto de casa e da rede de apoio. “Estar próximo da família faz toda diferença. Isso reduz o desgaste físico e emocional e melhora o resultado do tratamento”, explica a diretoria do hospital.
Com mais de 400 colaboradores e um corpo clínico formado por cerca de 130 médicos, o Hospital de Esperança reúne 25 especialidades médicas e realiza cerca de 300 atendimentos por dia.
A estrutura instalada comporta 163 leitos, dos quais 118 operam pelo SUS (Sistema Único de Saúde), distribuídos entre internações clínicas e cirúrgicas, além de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Adulto e Pediátrica.
Esse conjunto faz do HE um dos pilares da rede pública de saúde do interior paulista — garantindo atendimento gratuito, humanizado e resolutivo para quem mais precisa.
Manter um hospital desse porte é um desafio diário. Com custo mensal estimado em R$ 5 milhões, o HE precisa captar cerca de R$ 1,5 milhão por mês para complementar os repasses do SUS. Essa arrecadação vem de uma rede de solidariedade que envolve toda a região.
A lista é longa — e inspiradora: megaleilões do agronegócio, filantropia premiável via CIA Cap, campanhas solidárias como Empresa Amiga, Produtos e Serviços Solidários e Lacres e Tampinhas de Esperança, além de eventos beneficentes, telemarketing, emendas parlamentares, loja solidária, estacionamento e doações espontâneas em dinheiro e insumos.
O hospital é dirigido por voluntários, profissionais de diferentes áreas que atuam sem remuneração, dedicando tempo e conhecimento à gestão. “O HE é uma obra coletiva. Cada doação, cada evento, cada gesto de apoio mantém viva a esperança e o atendimento de qualidade que oferecemos à população”, afirma a diretoria.
Entre 2023 e 2024, o Hospital de Esperança apresentou um dos maiores crescimentos de internações da rede filantrópica paulista, segundo dados oficiais da Tabela SUS. O salto é resultado direto dos investimentos em infraestrutura, ampliação de leitos e capacitação profissional.
O avanço é estratégico: enquanto o Inca (Instituto Nacional de Câncer) estima 704 mil novos casos de câncer por ano no Brasil (2023–2025) — sendo 181 mil apenas em São Paulo —, ter um centro de alta complexidade no interior reduz custos para os municípios, evita deslocamentos longos e melhora o acesso da população ao diagnóstico e ao tratamento.
Com os olhos voltados para o futuro, o Hospital de Esperança se prepara para ampliar atendimentos, reduzir filas e investir em pesquisa clínica, fortalecendo a oncologia regional e contribuindo para a formação de novos profissionais.
“Acreditamos que a medicina do futuro nasce do equilíbrio entre ciência e empatia. Nosso trabalho é cuidar com tecnologia, mas também com humanidade. O HE é parte da identidade de Presidente Prudente — um símbolo do esforço coletivo que transformou um sonho em realidade. O câncer tem pressa, mas a esperança chega primeiro”, finaliza a diretoria.
Fotos: Cedidas
Hospital de Esperança atende pacientes de mais de 45 municípios
Estrutura instalada comporta 163 leitos, dos quais 118 operam pelo SUS
