O banco de doadores de medula óssea do HRCPP (Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente) localizou, nos últimos dias, três cadastros compatíveis com pacientes que necessitam da doação, entretanto, se deparou com um entrave: os cadastros destes doadores estão desatualizados e, portanto, o hospital não consegue localizá-los. O caso recente torna ainda mais importante a ação realizada, na manhã de ontem, no HRCPP, vinculada ao Dia Nacional de Doação de Órgãos e Tecidos, lembrado na data. Durante a abertura do evento, o padre Sérgio Bonini abençoou o gesto de solidariedade com oração.
No estacionamento do local, diversos profissionais da saúde estiveram em prontidão para realizar rápidos exames, como aferimento de pressão arterial e de glicemia, tudo a fim de promover o cadastro de doadores de órgãos ou até atualização de cadastro já existente, tendo em vista que questões como mudança de endereço podem prejudicar vidas. “É uma campanha que realizamos todo ano, hoje [ontem], com a finalidade de orientar, educar, conscientizar as pessoas sobre a importância de ser um doador de órgãos”, afirmou o presidente do Banco de Olhos Maria Sesti Barbosa da Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente, Irineu Sesti Filho, 73 anos.
Mesmo os que não estiveram presentes no “dia D” poderão se alistar nesse exército do bem e serem doadores de órgãos e, especialmente, medula óssea. Irineu explica que o cadastro pode ser realizado no banco de sangue da santa casa prudentina, onde o doador fará exames preliminares e precisará estar com documento de identificação e a carteira do SUS (Sistema Único de Saúde).
Saudável
Os exames preliminares realizados durante a campanha e as orientações visam, de acordo com a nutricionista oncológica e professora da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista), Sandra Genaro, duas situações distintas, mas que se relacionam. “Uma pessoa que cuida da saúde vai estar com os órgãos saudáveis para ser um doador e, estando com a saúde em dia, provavelmente não precisará ser um receptor de órgãos, rim, coração, fígado, se mantém uma nutrição saudável, uma saúde adequada para ser um doador, ou evitar ser um receptor”.
Sandra, orientando graduandas, prestava a orientação final aos que se cadastravam no banco de doadores. Depois de terem pressão arterial aferida e glicemia medida, era hora de receber as orientações nutricionais. “A gente faz a abordagem perguntando como é a alimentação das pessoas, porque elas já vêm para cá com a pressão aferida e com o exame de glicemia também. Neste momento, a gente pode perceber quando há um aumento de pressão e um aumento da glicemia e então vai abordar o que a pessoa está fazendo errado para apresentar uma hipertensão e diabetes”, afirma Sandra, que conclui dizendo que para se doar órgãos é preciso estar com a saúde em dia.
