Idoso é preso em flagrante por embriaguez e abuso a uma cadela

Bafômetro indicou 0,64 mg/L de álcool por litro de ar-alveolar; com auxílio de um veterinário, constatou-se maus-tratos pela prática de zoofilia

REGIÃO - DA REDAÇÃO

Data 06/09/2022
Horário 19:44
Foto: Cedida
Cadela foi encaminhada para Associação dos Defensores de Animais de Presidente Venceslau
Cadela foi encaminhada para Associação dos Defensores de Animais de Presidente Venceslau

Um idoso de 79 anos foi preso em flagrante, na tarde desta segunda-feira, em Presidente Venceslau, por embriaguez ao volante e suspeito de cometer maus-tratos, por abuso sexual, a uma cadela. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, uma equipe, em patrulhamento ostensivo na Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo (SP-563), realizou fiscalização, na altura do km 79, do veículo conduzido pelo suspeito, um carro Ford/Fiesta ano 2007, com placas de Presidente Venceslau. Após audiência de custódia, o homem foi solto.
Durante a fiscalização e vistoria, foram constatados sinais notórios de embriaguez no condutor, morador de Venceslau, que foi convidado a realizar o teste do bafômetro. Foi constado 0,64 mg/L de álcool por litro de ar-alveolar, caracterizando a infração de trânsito e o crime de embriaguez ao volante.
Conforme indica a corporação, ainda pelo local e em vistoria pelo interior do veículo, foi localizada uma cadela, amarrada com um arame de cobre no interior do porta-malas possuindo, aparentemente, sinais de maus-tratos, pela prática de zoofilia.
Com auxílio da verificação de um médico veterinário, os maus-tratos foram constatados e, na Delegacia de Polícia Civil em Presidente Venceslau, foi ratificada a voz de prisão e o indiciado permaneceu preso, à disposição da Justiça, por embriaguez ao volante e maus-tratos, com base no artigo 32 da Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que prevê “pena - detenção, de três meses a um ano, e multa” para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Incluído pela Lei 14.064, de 2020, o artigo também dispõe que “quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda”. 
No entanto, após audiência de custódia, o idoso foi solto. Já o laudo veterinário constatou um ferimento na vulva do animal e o suspeito preferiu ficar em silêncio quando questionado sobre a situação.
De acordo com uma fonte, que prefere o anonimato, o suspeito foi pego, pelos policiais, com as calças abaixadas. “Os militares apontaram que a cadela estava no banco do passageiro. Quando o senhor foi abordado, ele estava com as calças nos joelhos. [...] Após o teste, eles [os militares] questionaram referente à cadela. Ele estava com um arranhão no rosto e nas mãos. Deu a entender pelo relato [dos militares] que a cadela tentou se defender”, pontua.  

Acolhido por ONG

O animal foi entregue à ONG (organização não governamental) Adapev (Associação dos Defensores de Animais de Presidente Venceslau), onde permanece sob cuidados.

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