Um idoso de 79 anos foi preso em flagrante, na tarde desta segunda-feira, em Presidente Venceslau, por embriaguez ao volante e suspeito de cometer maus-tratos, por abuso sexual, a uma cadela. De acordo com a Polícia Militar Rodoviária, uma equipe, em patrulhamento ostensivo na Rodovia General Euclides de Oliveira Figueiredo (SP-563), realizou fiscalização, na altura do km 79, do veículo conduzido pelo suspeito, um carro Ford/Fiesta ano 2007, com placas de Presidente Venceslau. Após audiência de custódia, o homem foi solto.
Durante a fiscalização e vistoria, foram constatados sinais notórios de embriaguez no condutor, morador de Venceslau, que foi convidado a realizar o teste do bafômetro. Foi constado 0,64 mg/L de álcool por litro de ar-alveolar, caracterizando a infração de trânsito e o crime de embriaguez ao volante.
Conforme indica a corporação, ainda pelo local e em vistoria pelo interior do veículo, foi localizada uma cadela, amarrada com um arame de cobre no interior do porta-malas possuindo, aparentemente, sinais de maus-tratos, pela prática de zoofilia.
Com auxílio da verificação de um médico veterinário, os maus-tratos foram constatados e, na Delegacia de Polícia Civil em Presidente Venceslau, foi ratificada a voz de prisão e o indiciado permaneceu preso, à disposição da Justiça, por embriaguez ao volante e maus-tratos, com base no artigo 32 da Lei 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que prevê “pena - detenção, de três meses a um ano, e multa” para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Incluído pela Lei 14.064, de 2020, o artigo também dispõe que “quando se tratar de cão ou gato, a pena para as condutas descritas no caput deste artigo será de reclusão, de dois a cinco anos, multa e proibição da guarda”.
No entanto, após audiência de custódia, o idoso foi solto. Já o laudo veterinário constatou um ferimento na vulva do animal e o suspeito preferiu ficar em silêncio quando questionado sobre a situação.
De acordo com uma fonte, que prefere o anonimato, o suspeito foi pego, pelos policiais, com as calças abaixadas. “Os militares apontaram que a cadela estava no banco do passageiro. Quando o senhor foi abordado, ele estava com as calças nos joelhos. [...] Após o teste, eles [os militares] questionaram referente à cadela. Ele estava com um arranhão no rosto e nas mãos. Deu a entender pelo relato [dos militares] que a cadela tentou se defender”, pontua.
O animal foi entregue à ONG (organização não governamental) Adapev (Associação dos Defensores de Animais de Presidente Venceslau), onde permanece sob cuidados.