Idoso morre com suspeita de dengue hemorrágica

Serralheiro aposentado faleceu no fim da tarde de quarta-feira; caso está em investigação e aguarda resultado de sorologia

PRUDENTE - Victor Rodrigues

Data 08/01/2016
Horário 07:11
 

 

O serralheiro aposentado José Cláudio da Silva, 64 anos, faleceu com suspeita de dengue hemorrágica no fim da tarde de quarta-feira, em Presidente Prudente. Se o caso for confirmado, este será o primeiro registro de morte da doença na cidade em 2016. De acordo com a nora de José Cláudio, Rose Meire Fabrícia dos Santos, 31 anos, os sintomas clássicos apareceram no sábado, e devido às fortes dores, a família o levou à santa casa do município na madrugada de sábado para domingo. "O médico o consultou, e deu alta para que ele tratasse a doença em casa, com o diagnóstico clínico de dengue. Até sexta-feira, ele ainda não havia apresentado nenhum sintoma", comenta.

Mas na manhã de quarta-feira, os sintomas pioraram, e ele foi novamente levado ao hospital. "Chegando lá, ele foi encaminhado à UTI , com hemorragia interna, e não resistiu. Às 17h tivemos a notícia que ele havia falecido", explica Rose.

Jornal O Imparcial Corpo do aposentado de 64 anos foi sepultado ontem, no Cemitério Municipal São João Batista

De acordo com a filha do aposentado, Marlei Herculano da Silva, 30 anos, o pai tinha implante de válvula coronária, era diabético e hipertenso, o que agravou a doença. "Mas a diabete e a hipertensão eram controladas. Também fizeram um exame rápido de sangue, o qual revelou que as plaquetas estavam baixas", comenta. Ainda segundo ela, em seu atestado de óbito consta que o falecimento se deu por "choque hemorrágico, causado pela dengue, com agravantes da diabete e insuficiência coronária aguda", expõe.

A possível vítima da dengue morava na Vila Verinha, um dos bairros que compõem o setor 4, região onde foi registrada a maior incidência da doença no ano passado, e os indícios levam a crer que ele tenha sido picado pelo mosquito Aedes Aegypti, vetor da dengue, no próprio bairro. Rose Meire diz que o sogro permanecia a maior parte do tempo em sua residência. "Ao lado da casa, tem a serralheria, onde trabalham meu marido e meu cunhado. Mas ele sempre passava por lá para verificar o serviço. Ele ficava por ali, raramente saia", relata.

Questionada pela reportagem, a Assessoria de Imprensa da santa casa informou que o caso está em investigação, e aguarda o resultado de sorologia. "Por enquanto, não pode ser confirmado como dengue", esclarece. A coordenadora da VEM (Vigilância Epidemiológica Municipal), Vânia Maria Alves, diz que, até o momento, o órgão não foi notificado sobre o real motivo da morte, e precisa de mais detalhes para fazer qualquer afirmação.

O corpo do aposentado foi sepultado ontem, no Cemitério Municipal São João Batista, às 16h. Ele deixa a esposa e três filhos.
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