Inibição e angústia 

A inibição e a repressão poderão levar a pessoa a um represamento de seus sentimentos ou emoções. E ao aprisionamento das expressões psicológicas quase sempre. Levando à saturação ou congestionamento de sentimentos como raiva, ciúmes, inveja, ódio, amor, e muitos outros. Esses sentimentos são inerentes ao repertório do senso humanitário. Algumas pessoas se mantêm, hermeticamente, fechadas às quaisquer sensações ou percepções experienciadas no dia a dia do cotidiano. Calados seguem a vida, acumulando tudo. 
Nosso psiquismo tem vida. Tudo que vamos acumulando é atemporal e pulsional. Há uma organização mental inconsciente ativa que dá significado psicológico ao humor e a todas nossas experiências ou traumas. Segundo Winnicott (psicanalista), existe um significado no humor nas várias impurezas que conduzem a características patológicas, e ele descreve, por exemplo, o ódio. Ele (ódio), naturalmente, está trancado em algum lugar nisso tudo. Talvez a dificuldade esteja em aceitar tal ódio, mesmo que o humor depressivo implique que o ódio está sob controle. E é esse esforço clínico para obter controle que devemos considerar. 
Quando somos muito inibidos e reprimimos tudo, há uma economia pulsional muito grande. Permanecer no controle de inibições dos impulsos instintuais, por muito tempo, de todas as nossas possíveis expressões emocionais, leva a um desgaste muito grande. Poderá levar a uma falta de vida. A pessoa inibida ou tímida está sempre muito acossada, onde seu mundo psíquico (interno) encontra-se saturado de muitas angústias. São introjeções e projeções boas e ruins. E isso é constante e produz muitas fantasias da ordem do terrorífico.
Inundados com tantos pensamentos inférteis e insignificantes, deixamos de avançar e desenvolver-se na vida. Há a impossibilidade em sonhar, criar e idealizar projetos e, assim, cristalizados ou aprisionados na própria bolha, acabam construindo com “tijolos” narcísicos sua “casa”. As doenças psicossomáticas são derivadas de repressões, inibições, angústias e do indizível. Precisamos pensar que a vida é um constante aprender com a experiência emocional. E que não há verdades absolutas de nada. Errando que se aprende. É preciso mergulhar no desconhecido, nas dúvidas e nas incertezas. Esse é o desafio. Busque ajuda ao identificar-se com o texto.
 

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