Intolerância e sua "prima" ignorância

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista contra a intolerância.

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 23/05/2021
Horário 07:35

Tão grave quanto a intolerância política é a intolerância cultural. A intolerância religiosa, então, nem se fala. Traficantes que seriam evangélicos são suspeitos de destruir terreiros de Umbanda e Candomblé no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Mães e pais de santo foram ameaçados com armas de fogo apontadas para eles. "Destrói essas imagens, do contrário volto aqui amanhã para te matar", disse um traficante a uma mãe de santo carioca.
Há algum tempo um pai e um filho foram hostilizados porque acharam que eles formavam um casal gay.  Uma mãe e sua filha de 20 anos também passaram por maus bocados em Brasília.  Uns imbecis cismaram que elas também formavam um casal homossexual. A mãe foi agredida e ficou com o olho machucado.
Aí apareceram com a tal da cura gay. Até com isso se preocupam: a sexualidade das pessoas.  Sabem o que acho disso? Em vez de olhar o rabo dos outros, essa cambada deveria olhar o próprio rabo.  Ou a própria cauda. 
Assim está o Brasil. Uma onda obscurantista tomou conta do país. O fascismo e o nazismo estão à solta. Sinceramente, às vezes penso que estamos na Alemanha nazista da década de 30 do século passado. Ou na Itália do mesmo período.
Como diz o jornalista Eric Nepomuceno, o Brasil está um horror e não pode continuar desse jeito. Parece que querem destruir o pouco que resta de civilidade. Abaixo a intolerância. Abaixo também a ignorância, "prima" da intolerância. 
Por falar nesse "parentesco", lembro um caso ocorrido aqui em Prudente. Um rapaz participou de um culto com máscara de proteção contra o novo coronavírus.
Havia aglomeração no templo evangélico. Uma mulher se aproximou dele e lhe pediu para tirar a máscara. "Não há necessidade de usar(a máscara). Jesus te protege contra a Covid", explicou a senhora.
Sem contestar, o jovem tirou a máscara e ficou na igreja com muitos fiéis aglomerados. Terminado o culto voltou para casa de Mercedes. Sim, o ônibus Mercedes-Benz da empresa de transporte coletivo. 
Sem máscara, não deu outra: ele pegou Covid e transmitiu a doença para os pais. O rapaz se recuperou, mas a mãe e o pai não resistiram. Deus ajuda, mas é preciso tomar cuidado ainda mais quando se trata de pandemia. Todo cuidado não é muito e valha-nos Deus, Nossa Senhora!   
 
DROPS 

Quem semeia vento colhe ventania.

A Justiça é cega porque ainda não foi examinada por um bom oftalmologista.

Gasolina a cinco reais? Chamem o charreteiro.

Limpeza étnica não tem sabonete. 

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