Ipem verifica 600 aparelhos de medir pressão arterial do HR de Prudente

Procedimento é necessário porque o esfigmomanômetro desregula com o tempo e uso e pode passar a apresentar medições erradas

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 19/01/2021
Horário 15:37
Foto: Ipem
Verificação metrológica está ocorrendo na sede da regional do Ipem no município
Verificação metrológica está ocorrendo na sede da regional do Ipem no município

O Ipem (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) deu início em 11 de janeiro, com término previsto em 29 de janeiro, à verificação periódica de 600 esfigmomanômetros hospitalares, aparelhos popularmente conhecidos como medidores de pressão arterial, do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo, em Presidente Prudente.

A verificação metrológica está ocorrendo na sede da regional do Ipem no município.

Os esfigmomanômetros são aparelhos de alta precisão e devem passar por verificação anual, segundo a legislação pertinente. O aparelho é regulamentado no Brasil pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), sendo que cada modelo conta com uma portaria de aprovação, que deve constar no aparelho. Em São Paulo, a verificação é realizada pelo Ipem.

Antes de ser comercializado, todo medidor de pressão arterial é submetido a ensaios no fabricante para verificar se está medindo corretamente. A ação é denominada de verificação inicial. O aparelho precisa ser verificado periodicamente para que sejam mantidas as características de precisão adequadas. Isso é necessário porque o esfigmomanômetro desregula com o tempo e com o uso e pode passar a apresentar medições erradas.  

Em 2020, foram verificados 10.159 aparelhos de medir pressão arterial em hospitais e clínicas, e 198.628 na verificação inicial, em fabricantes e importadores destes instrumentos. Também foram autorizadas a comercialização de 651.465 esfigmomanômetros por autoverificação dos fabricantes. 

Selo atualizado

O Ipem realiza a verificação e fixa no aparelho a etiqueta com a referência ao ano seguinte. Quando a ação é realizada na fábrica, as equipes do instituto fixam a etiqueta "verificação inicial", estando o instrumento sujeito a verificação subsequente a qualquer momento após a colocação em uso. Os aparelhos verificados neste ano recebem o selo do Inmetro com referência ao ano de 2021.

Nos casos em que o instrumento é reprovado, o equipamento deve ser encaminhado para reparo em uma oficina credenciada pelo Ipem. Após o conserto, deve ser novamente conferido e, se aprovado, é afixada a marca de verificação do exercício para o ano subsequente. Esta marca pode ser conferida pelo cidadão, que, no caso de não estar presente, ou com referência aos anos anteriores, deve solicitar a utilização de um esfigmomanômetro com o selo do Inmetro atualizado.

O Ipem recomenda aos profissionais da área de saúde, sobretudo aos médicos, que fiquem atentos quanto à verificação periódica do medidor de pressão arterial. Esfigmomanômetro desregulado pode falsear o diagnóstico médico e colocar em risco a saúde do paciente.  

Projeto de pesquisa  

O Ipem e o Inmetro concluíram em dezembro de 2019 um projeto de pesquisa financiado pela Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), intitulado “Proposta de ensaio de proficiência aplicado à acreditação no âmbito da metrologia legal na medição de pressão arterial”. Este projeto objetivou analisar o desempenho de empresas autoverificadoras de esfigmomanômetros de forma a garantir que tais equipamentos não sejam colocados no mercado em desacordo com a regulamentação, neste caso podendo impactar negativamente na saúde humana.

O projeto, iniciado em 2017, permitiu ao Ipem, por meio do Laboratório de Pressão do Departamento de Metrologia Científica e Industrial, capacitar-se em prover ensaios de proficiência para empresas que realizam autoverificação de esfigmomanômetros. Através dos ensaios de proficiência, é possível monitorar o desempenho de cada uma das empresas nas etapas de verificação inicial de esfigmomanômetros. Empresas que obtiverem desempenho insatisfatório terão de implementar ações para corrigir o problema, sob pena máxima de perda da acreditação e da autorização para autoverificação.  

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