Com a intenção de promover um momento de conversa, esclarecimentos e ouvir as reivindicações e posicionamentos dos membros da FNL (Frente Nacional de Luta Campo Cidade), a Fundação Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo), em Presidente Prudente, realiza na sexta-feira uma reunião entre o diretor-executivo do órgão, Marco Pilla, e líderes do movimento. O encontro ocorre quatro dias após manifestantes da FNL invadirem diversas unidades do Itesp em São Paulo. Em Prudente, cerca de 100 integrantes chegaram no prédio na manhã de segunda-feira e permaneceram, tanto fora quanto no interior do local, até às 17h30 da mesma data, conforme informa o coordenador regional do Itesp, Marco Túlio Vanalli.

Entre os motivos para ato, os manifestantes pediam agilidade nos processos de reforma agrária, no Estado, levando em consideração o convênio firmado entre os governos estadual e federal. Durante a invasão, o FNL pontuou que as iniciativas do convênio permaneciam "paradas" e que as famílias queriam rapidez nos procedimentos judiciais e na criação dos assentamentos.

Por sua vez, o Itesp informou que uma área de 832 hectares foi indicada ao Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e que o já depósito judicial, de R$ 2.384.153,34, por parte do governo federal, já havia ocorrido. Que o órgão aguardava decisão judicial para imissão da posse da referida área.

 

"Manifesto pacífico"

O coordenador regional do Itesp pontua que, durante o ato, segunda-feira, tudo ocorreu "tranquilamente", que as atividades da unidade prosseguiram e que o manifesto foi pacífico. Além disso, Vanalli ressalta que, na ocasião, houve um momento de conversa com os líderes do movimento e que amanhã uma outra reunião será realizada.