Jogos Abertos da Juventude em Tatuí, qual o legado que fica?

OPINIÃO - Marcos Alves Borba

Data 28/06/2023
Horário 05:00

Teve início no dia 23 de junho, às 19h, na cidade de Tatuí (SP), a abertura oficial dos Jogos Abertos da Juventude, com mais de 2.500 atletas do nosso Estado de São Paulo. Jovens de até 19 anos de idade. Muitos podem não ter essa ideia, mas é a idade que chega e pode provar que dali uma performance poderá ter seu ápice na medida certa por um resultado que possa garantir seu futuro como atleta. Várias modalidades, vários atletas! Uma exuberante e fantástica oportunidade para aqueles que já algum tempo vem esperando o seu melhor momento, isto é, depois de um bom tempo treinando suas habilidades dentro de seus respectivos esportes, é chegada a grande hora. Mas, o que até o presente momento podemos dizer que a cidade de Tatuí tem feito e preparado para que toda essa juventude possa ter e fazer o seu melhor, dentro de seus sonhos esportivos? 
Buscamos de maneira muito cautelar entender o que verdadeiramente aconteceu e está acontecendo por aqui. Já logo no início, bem antes da abertura, o que todos os atletas, técnicos, coordenadores, dirigentes, comissão técnica e eteceteras, que infelizmente fomos pegos de surpresa. Imagine um único local, um ginásio, praticamente sem estrutura nenhuma, e ali seriam feitas as refeições de mais de 2.500 atletas, isto é, café da manhã, almoço e jantar. Um verdadeiro desafio a todos, desde quem prepara as refeições e, principalmente, para quem se desloca para um único local para se alimentar. 
A fisiologia tem nos mostrado e provado que dois momentos são de extrema importância e necessidade a todos nós como seres humanos, isto é, precisamos naturalmente ter uma boa noite de sono e saber ingerir alimentos que nos fortaleça para que o nosso organismo funcione bem e dê os resultados merecedores do gasto mínimo de energia que gastamos por dia. Agora, imagine um grupo enorme de atletas, na expectativa de sair de suas cidades com um único objetivo de fazer o seu melhor!  
Depois de vários confrontos, através de reuniões sem justificativas e alternativas, mesmo assim ficou muito a desejar o que a cidade de Tatuí, quando se prontificou em realizar um grande evento desse porte, não atender um mínimo possível as exigências normais de qualquer evento quando alguém se manifesta em realizar. Isso sem contar o gigante e temoroso desafio estrutural, das quadras, pista de atletismo, e quando alojados em escolas (sendo que isso é normal), mas os problemas desde limpeza, pessoal de apoio, seguranças, instalações elétricas, etc... Uma morosidade gigante nas decisões de extrema necessidade e importância. 
Fica muito bem claro que, por mais precisa ou complexa seja uma licitação, seja qual for sua prestação de serviço, ela precisa naturalmente atender o que foi combinado e ser muito bem orientada e cobrada por quem a contratou.
Nessa grande hora, o que podemos chamar como sinal de alerta, para que os poderes, sejam eles públicos ou privados, se sensibilizem e possam se unir, e que nas próximas edições, sejam fervorosos e assertivos em suas decisões, e busquem minimizar o possível para conceder em realizar em dez dias os momentos mágicos que todos os atletas sempre esperam de uma cidade: acolhimento, respeito, dignidade, reciprocidade e um legado que possa marcar a sua contribuição, por mais efêmera que seja.  

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