Jubarte fotografada por prudentino ganha novo click de um americano

Adriano Kirihara diz que saber que o colega a registrou 2 anos depois é muito gratificante: “Eu diria que o sentimento que tenho de tudo isso é muita gratidão pela natureza”

VARIEDADES - DA REDAÇÃO

Data 11/01/2022
Horário 08:00
Foto: Adriano Kirihara
Foto oficial de Adriano Kirihara, que entrou para o catálogo da Happy Wheels
Foto oficial de Adriano Kirihara, que entrou para o catálogo da Happy Wheels

Após dois anos em que o fotógrafo Adriano Kirihara registrou uma Jubarte e sua foto entrou para o catálogo da Happy Wheels, Júlio Cardoso, do projeto “Baleia à Vista”, do Brasil, mandou-lhe uma mensagem dizendo que uma baleia que ele fotografou na Antártica em 2019 foi fotografada novamente, praticamente no mesmo local que ele. Desta vez o premiado foi o americano Jeff Litton, fotógrafo que estava a bordo do navio Lin Blad do National Geographic Expeditions.
Adriano diz que ficou muito feliz em saber que este animal ainda está vivo. Segundo ele, ela deve ser uma baleia do Oceano Pacífico, como a Antártica tem esse encontro do Pacífico com o Atlântico, é uma possibilidade.
“É muito legal que nessas épocas do ano elas vão lá pra se alimentar. É muito bacana você ter esse retorno. Fazer uma fotografia deste animal já é um grande feito. É sempre uma grande emoção você estar no meio do oceano e encontrar uma baleia e fotografá-la. Eu lembro que na época em que a fotografei ela estava acompanhada”, lembra o prudentino.
Ele frisa que saber que ela está na natureza ainda, tendo conhecimento que existem navios que caçam baleias, é incrível, tanto pelo registro que fez, quando sentiu toda aquela sensação, quanto pelo colega também fotógrafo que a registrou dois anos depois. “É muito gratificante. Eu diria que o sentimento que tenho de tudo isso é muita gratidão pela natureza!”, exclama Kirihara.
Adriano diz que não viu o material de Jeff Litton, e que isso é normal, pois nem sempre eles conseguem acompanhar, “mas tenho muita curiosidade”.

Expedição 2019 na Antártica

Em 2019, Kirihara foi numa expedição de 26 dias na Antártica a bordo do veleiro Fernande. Ele conta que em diversos momentos avistaram muitas baleias, como a Minca, a Jubarte, entre outras. “E quando voltamos ao Brasil, o Júlio que faz esse trabalho super bacana das ‘Baleias às Vistas’, pediu as fotos que seriam para uma identificação, um monitoramento das baleias. Foi muito bacana isso. E dessa vez ela é fotografada novamente, dois anos depois”, ressalta Kirihara.
Sobre voltar ao local, ele diz que sempre tem a pretensão porque para fotógrafos da natureza é um prato cheio, porque é um dos lugares inóspitos do planeta, “é o sonho de todo fotógrafo da natureza registrar a Antártica, ir para a Antártica. Conhecer aquele que é um dos lugares mais intocáveis do planeta”, exalta ele. 
No ano passado, ele só não foi novamente, por conta de assuntos pessoais, não teve a disponibilidade porque cada expedição é de 30 dias, mas pretende num futuro estar de volta. E quem sabe ter um encontro.
“E o melhor é saber desse trabalho tão importante do processo migratório delas feito pelo ‘Baleias às Vistas’. Vejo que a fotografia neste momento é muito mais que um simples apertar do botão. É uma contribuição que fazemos talvez para a História, para a Ciência. Mostrar como que é esse processo migratório da baleia, porque ela vai se alimentar em determinado período em tal lugar. Ela vem procriar aonde? Então é muito importante saber o caminho que ela faz e saber que a fotografia pode auxiliar nisso”, frisa o fotógrafo prudentino.



 

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