Lacombe recebe título da CBK

Esportes - Jefferson Martins

Data 21/10/2015
Horário 08:27
 

Satisfação e imensa felicidade. Estes sentimentos são facilmente vistos em quem é apaixonado pelo que faz. Mas eles podem sempre aumentar, como no caso do professor Luis Otávio Aranha Lacombe, que dedica 44 dos seus 56 anos de vida ao caratê. E segundo ele, o "reconhecimento" veio no fim de semana, quando recebeu da CBK (Confederação Brasileira de Karatê), em Joinville (SC), o certificado de graduação de Sétimo Dan, obtido por apenas 20 caratecas brasileiros.

"Durante muitos anos me dediquei ao caratê com muito amor e carinho e vejo isto como um reconhecimento da confederação por todos estes serviços prestados ao esporte. Minha escola é muito boa, mas o que a fez ser desta forma é que sempre aprendi com eles, todos os dias eu estava disposto a aprender", fala.

Jornal O Imparcial Treinador ostenta certificado de graduação que ganhou em Joinville

Lacombe se orgulha ainda ao falar das suas conquistas como treinador, e olha que não foram poucas. "São 1.840 medalhas de ouro, 1.740 de prata e 1.954 de bronze. Acho que dá um pouquinho", brinca.

O professor, que durante anos foi comandante da seleção brasileira, explica que para subir de graduação é necessário fazer exame até o Sexto Dan, e do sétimo em diante, a titulação só é entregue após uma minuciosa análise da confederação. "A gente faz uma monografia e entrega para eles. Aí os seus conhecimentos da modalidade são testados e, a partir daí, eles entregam o certificado", detalha o treinador.

 

Orgulho

Além de falar das conquistas, Lacombe fala com carinho e orgulho dos professores que formou. Entre eles, Renato Franco, falecido em acidente automobilístico em 2014, e Alexandre Serra, coordenador de caratê da Semepp (Secretaria Municipal de Esportes de Presidente Prudente). E o apreço é facilmente retribuído. "Ele ganhou muitos títulos. Foi uma justa homenagem por tudo o que ele fez pela entidade e pelo profissional dedicado que sempre foi", diz Alexandre.

Valéria Kumizaki, que foi aluna de Renato e é a principal atleta do oeste paulista da modalidade, fala que a graduação "é merecida por tudo o que ele fez pelo caratê nacional, por ter dedicado a vida inteira para o caratê", promove.

 

Tóquio 2020

E Lacombe não quer parar por aí. Depois de ter retornado aos tatames em julho com um projeto social, após um período afastado por problemas de saúde, o professor se prepara para um novo desafio. "Está em andamento que eu encabece uma escola de novos treinadores. Vamos formar profissionais para ensinar caratê de alto rendimento", pontua. Ele conta qual é a nova meta do caratê a nível mundial. "A tendência é que por ser no Japão, o caratê volte a ser um esporte olímpico e nós estamos nesta campanha, pois em todos os jogos continentais já está o caratê", afirma.
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