A Câmara Municipal de Rosana promove hoje, a partir das 8h, a última sessão de julgamento dos processos de cassação dos cinco vereadores envolvidos na Operação Devassa, deflagrada pelo MPE (Ministério Publico Estadual) e pela Polícia Civil. Agora será a vez do ex-presidente do Legislativo, Roberto Fernandes Moya Júnior, Júnior da Saúde (PSDB), passar pelo procedimento que já culminou na cassação de quatro parlamentares. O quarto vereador teve o mandato cassado na noite de ontem, por volta das 19h, ou seja, aproximadamente dez horas após o início da sessão.
Filomeno Tratorista foi cassado pela ampla maioria dos votos, após 10 horas de sessão
Trata-se de Filomeno Carlos Toso, Filomeno Tratorista (PTB), que teve seu mandato parlamentar cassado por decisão da ampla maioria dos vereadores do município. O agora ex-vereador foi julgado em seis quesitos e foi reprovado em todos eles, com nove votos favoráveis e uma abstenção nos quesitos um, dois e seis; e oito favoráveis, um contrário e uma abstenção nos quesitos três, quatro e cinco.
Na noite de anteontem, depois de cerca de 13 horas de sessão, foi a vez de Valdemir Santana dos Santos, Demi da Gleba (PPS), ter seu mandato cassado pelo plenário da casa de leis rosanense. Ele também foi julgado com base em seis quesitos, entretanto, conforme informações da secretaria do Legislativo, recebeu dez votos favoráveis à cassação, contra uma abstenção da vereadora Cacilda Siqueira Vizacaro (PRP), que não votou por ter substituído Demi da Gleba após seu afastamento.
Como publicado por
O Imparcial, os parlamentares foram afastado do Legislativo em 25 de janeiro deste ano, por suspeita de envolvimento no esquema de irregularidades em pagamentos de diárias de viagens apurado pela Operação Devassa, deflagrada pelo MPE e pela Polícia Civil. Além dos cinco vereadores, quatro funcionários do órgão também foram citados nas investigações e afastados de seus respectivos cargos.
Última sessão
Ainda hoje, o ex-presidente da Câmara de Rosana encerra a maratona de julgamentos envolvendo as determinações da CP (Comissão Processante) constituída em 18 de abril deste ano pelo Legislativo. Assim como ocorreu com os outros quatro vereadores, o processo de Júnior da Saúde deverá ser lido integralmente. Feito isso, cada vereador poderá se manifestar verbalmente pelo tempo máximo de 15 minutos cada um. Ao final, o peessedebista, ou mesmo seus procuradores, terão o prazo máximo de duas horas para fazer a defesa verbal. Em seguida é realizada a votação, que transcorre de maneira secreta e pode culminar na cassação ou não do parlamentar. A reportagem tentou contato com os vereadores envolvidos nas investigações, porém, não obteve sucesso nas ligações.