Lisete propõe mudanças na saúde e sistema prisional

Professora diz lamentar a "omissão" do Estado com relação ao atendimento médico e à falta de compensação aos municípios com presídios

Eleições - ANDRÉ ESTEVES

Data 30/08/2018
Horário 09:32
Leandro Nigre - Professora Lisete é candidata ao governo do Estado pelo PSOL
Leandro Nigre - Professora Lisete é candidata ao governo do Estado pelo PSOL

Caso seja eleita ao cargo de governadora do Estado durante o pleito de outubro, a professora Lisete Regina Gomes Arelalo, filiada ao PSOL (Partido Socialismo e Liberdade), aponta a necessidade de buscar soluções para duas problemáticas que afetam a 10ª RA (Região Administrativa). A primeira é a “omissão do governo estadual” para com o atendimento médico, enquanto a segunda diz respeito à falta de compensações aos municípios que recebem presídios.

No âmbito da saúde, a candidata expõe que praticamente todos os hospitais paulistas estão reféns do processo de quarteirização, por meio do qual somente as empresas contratadas acabam beneficiadas, enquanto o atendimento ao público permanece prejudicado. Para ela, está mais do que na hora de assumir, de fato, o baixo número de médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde, cuja ausência tem sido uma constante. Em sua concepção, tal situação não pode ser encarada como um problema conjuntural, uma vez que já perdura há pelo menos 15 anos. “Na realidade, é surpreendente que não tenha havido uma pressão significativa por parte das prefeituras em relação ao Estado”, argumenta.

Lisete também questiona a resistência das administrações municipais quanto ao número de prisões que são instaladas na região. A seu ver, é preciso que os municípios se unam por meio de um consórcio para cobrar compensações aos governos estadual e federal de forma efetiva. Diante de um território que acumula mais de 20 unidades prisionais, a postulante sente que a 10ª RA está mais do que habilitada para pleitear benefícios em troca.

No tocante ao sistema prisional, ela ressalta ainda a importância de articular um hospital penitenciário, posto que as “condições desumanas” às quais os presos estão expostos aumentam a proliferação de doenças e as demandas por atendimento médico. “Torna-se necessário, portanto, um espaço mais digno e decente para atender este público, sem que sejam tirados os lugares da população em geral”, pondera. Levando em conta o alto número de pessoas que estão presas enquanto aguardam julgamento, a professora propõe a discussão de medidas alternativas como forma de “aliviar o Judiciário” e impedir que pessoas que cometeram pequenos delitos dividam espaço com autores de crimes mais severos, gerando uma “escola de bandidos altamente competentes”.

Na área da educação, Lisete sugere a valorização do magistério, considerando que a falta de incentivos aos profissionais da educação já manifesta sintomas até mesmo na juventude. Como professora da USP (Universidade de São Paulo), afirma conviver com alunos que veem mais benefícios em vender camisetas ou lanches naturais do que se dedicar à licenciatura.

Por fim, defende que a esfera estadual pare de fechar salas de aula e promova o enriquecimento escolar, com o propósito de estimular a criança e o adolescente a se interessarem pela escola e despertarem seus potenciais. Para ela, tudo isso só será possível quando o governo estadual prover repasses que garantam melhorias na infraestrutura das unidades. “Não podemos falar em vida sadia se a criança tiver acesso a um banheiro que não funciona ou a uma escola feia e danificada”, pontua.

 

CANDIDATO AO CARGO DE GOVERNADORA

Nome completo: Lisete Regina Gomes Arelaro

Nome para urna: Professora Lisete

Idade: 73 anos

Estado civil, filhos: Viúva, 2 filhos

Grau de instrução: Pós-graduada

Ocupação: Professora

Partido: PSOL

Coligação: PCB

Histórico político, candidaturas: Candidata a deputada estadual em 2002

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