Em meio ao avanço acelerado da tecnologia, a cada ano milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são descartadas em todo o mundo. No Brasil, o cenário não é diferente: celulares, computadores, baterias, carregadores e eletrodomésticos são substituídos com frequência, muitas vezes sem o destino adequado. Nesse contexto, os mutirões de coleta de lixo eletrônico surgem como uma importante ferramenta de conscientização ambiental e de responsabilidade coletiva.
Como noticiado por este diário, mais uma edição do Mutirão do Lixo Eletrônico de Presidente Prudente será realizada nesta sexta-feira (13) e no sábado (14), com quatro pontos de recolhimento em Prudente e também nos distritos. Amanhã, um caminhão passará nos quatros distritos - Eneida, Ameliópolis, Floresta do Sul e Montalvão - recolhendo materiais e equipamentos eletrônicos que não são mais utilizados.
Já no sábado, os pontos de coleta vão ser no Parque do Povo, PrLiaça CEU (zona leste), Praça do Wi-fi do Conjunto Habitacional João Domingos Netto e no estacionamento da UBS (Unidade Básica de Saúde) do Ana Jacinta.
Mais do que eventos pontuais, os mutirões representam uma resposta direta à falta de políticas públicas eficazes e à carência de informação sobre o descarte correto de resíduos eletrônicos. São ações que aproximam a população de práticas sustentáveis e ampliam o acesso à coleta adequada, especialmente em comunidades onde os serviços ambientais são limitados.
Além de retirarem do meio ambiente materiais altamente poluentes — como metais pesados e substâncias tóxicas —, esses mutirões promovem o reaproveitamento de componentes e incentivam a reciclagem, contribuindo para a economia circular. Ao mesmo tempo, funcionam como espaços educativos, nos quais cidadãos são convidados a refletir sobre o consumo consciente e o impacto de suas escolhas no planeta.
É fundamental reconhecer que o lixo eletrônico não é apenas um problema ambiental: é também uma questão de saúde pública, de justiça social e de responsabilidade intergeracional. Ao participar de mutirões, cada cidadão colabora para frear o avanço da contaminação do solo e da água, evita riscos à saúde humana e ainda fortalece redes locais de sustentabilidade.
Portanto, incentivar e ampliar os mutirões de coleta de lixo eletrônico deve ser uma prioridade para governos, empresas e sociedade civil. O futuro exige mais do que inovação tecnológica: exige consciência, engajamento e ação. E, nesse esforço coletivo, cada atitude conta — inclusive o simples gesto de descartar corretamente um velho celular.