Longevidade 1: conhece a juventologia?

Jair Rodrigues Garcia Júnior

Enquanto você não é 60+ e não precisa ainda se consultar com um geriatra (que estuda gerontologia; características e processos do envelhecimento), que tal dar mais atenção para os estudos da juventologia? Claro que não se garante a juventude infinita, mas sim protelar o surgimento de doenças e a decaída fisiológica comum dos 70+ e 80+.

 
NOVA CIÊNCIA
A juventologia é a ciência que estuda como os organismos permanecem jovens, saudáveis e com funções fisiológicas plenas. O foco está em dois processos que podem manter “jovens” as células: a proteção das células para que mantenham o equilíbrio e a função, e processos celulares regenerativos que reestabelecem o equilíbrio e a melhor função.
 
PROGRAMA
Uma teoria sobre o envelhecimento sugere que possuímos um “programa de longevidade”, que consiste em processos de proteção, reparo e substituição de estruturas celulares e das próprias células, para manter o organismo jovem. Esse “programa” parece bastante ativo e eficiente até os 40 anos, pois as pessoas têm poucas doenças e a incidência de mortes é baixa.
 
MAIS TEMPO ATIVO
É de se supor que o “programa de longevidade” vai sendo desativado dos 40 aos 60 anos, por isso, aumenta a incidência de doenças e mortes na fase da senescência. As perguntas que podem valer uma ou duas décadas a mais de vida são: como podemos manter ativo esse “programa”? É a dieta, é a prática de exercícios, de meditação, haverá um medicamento no futuro ou um conjunto disso tudo?
 
RESTRIÇÃO FUNCIONA
Nos estudos da juventologia, sobre influencias positivas no “programa de longevidade”, a dieta aparece em destaque com duas estratégias: restrição calórica e ciclos periódicos de jejum (o popular jejum intermitente). Um aspecto específico é a restrição do consumo de proteínas (exatamente na contramão do excesso que as pessoas costumam consumir), que reduz o risco de câncer e outras doenças em humanos (dieta Mediterrânea é uma opção). Em roedores a restrição proteica já se mostrou eficiente para longevidade.
 
HORMÔNIOS
Também na contramão do uso disseminado de hormônios (esteroides e outros), alguns deles, como a insulina, hormônio do crescimento (GH) e fator de crescimento semelhante a insulina 1 (IGF-1) mantém o “programa de longevidade” ativo quando não têm suas concentrações aumentadas. Neste sentido, a resistência à insulina (pré-diabetes; aumento da insulina) e a administração dos hormônios proteicos (GH e IGF-1) para ganho de força e vigor, não ajudam na longevidade.
 
EXERCÍCIO FÍSICO
A prática de exercícios deve ter também papel marcante no “programa de longevidade”. Músculos ativos estimulam todos os sistemas fisiológicos e secretam miocinas (irisina, inteleucina-6 etc) que protegem contra a inflamação e doenças crônicas. Portanto, enquanto não há uma estratégia farmacológica (pílula da longevidade) eficiente, mantenha seu “tempo de juventude e de saúde” com a melhor dieta e prática de exercícios.
 
Enquanto não há uma pílula da longevidade eficiente, mantenha seu “tempo de juventude e de saúde” com a melhor dieta e prática de exercícios.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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