Manifestação em frente ao MPE reivindica reabertura do comércio em Prudente

Grupo, além de outras medidas, solicitou ainda prestação de contas em relação à pandemia no município e apresentou “denúncia” contra o promotor Marcelo Creste

PRUDENTE - GABRIEL BUOSI

Data 04/01/2021
Horário 19:16
Foto: Cedida
Manifestação pacífica ocorreu em frente ao MPE de Presidente Prudente
Manifestação pacífica ocorreu em frente ao MPE de Presidente Prudente

Um grupo de manifestantes pacíficos se reuniu no início da tarde de hoje em frente ao MPE (Ministério Público Estadual), em Presidente Prudente, para reivindicar, entre outros assuntos, a reabertura dos serviços considerados como não essenciais no município, como é o caso do comércio. O encontro se deu logo depois de a Prefeitura de Presidente Prudente acatar a recomendação do Ministério Público do Estado de São Paulo de não permitir a abertura dos serviços em questão, já que em seu primeiro dia de mandato o prefeito Ed Thomas (PSB) anunciou que não seguiria o decreto estadual que coloca a região do oeste paulista na fase vermelha do Plano São Paulo. O grupo ainda apresentou denúncia contra o promotor Marcelo Creste, responsável por fazer tais recomendações ao município.
De acordo com a organização da manifestação de hoje, entre os objetivos e reivindicações estavam ainda: solicitar a abertura de novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) fixos para atender toda a região; o envio de mais recursos do governo estadual para a manutenção dos leitos e compra de EPIs (equipamentos de proteção individual); e exigir a prestação detalhada de contas de todo o recurso já enviado pelo governo federal e pelo governo do Estado destinado ao enfrentamento da pandemia. 
“Além disso, busca-se ainda a flexibilização do comércio com a reabertura dos serviços considerados não essenciais, fiscalizando o cumprimento das medidas de segurança impostas às pessoas e aos estabelecimentos, e punindo individualmente aqueles que não estiverem cumprindo as determinações, sem punir aqueles que estiverem obedecendo”. 

"Denúncia grave"

Em nota, o grupo apresentou ainda uma “denúncia de grave violação à dignidade da pessoa humana”, por parte do MPE de Presidente Prudente, representado pelo promotor Marcelo Creste. “O promotor mostra insensibilidade social, tendo em vista que não oferece alternativas para população e para os municípios, coagindo a população e o município com a cogitação de punir, multando a população em um momento de dor”, afirma o grupo, em relação à recomendação de Marcelo Creste para que a Prefeitura não reabrisse tais atividades, sob possiblidade de multa diária. 
“Proibir as pessoas de terem o direito básico de trabalhar e prover alimento para si e para seus familiares [...] é um crime grave contra a dignidade humana, sendo assim solicitamos providências a serem adotadas cobrando a responsabilidade do promotor de Justiça mencionado”, enfatiza o grupo manifestante. 

Direito de resposta

A reportagem entrou em contato com o Ministério Público Estadual no fim da manhã de hoje, por meio da Assessoria de Imprensa. Em um e-mail de resposta automática, recebeu a informação de que até quarta-feira a equipe do MPE trabalha em esquema de plantão, até 13h. Talvez por isso, até o fechamento desta matéria, no início da noite de hoje, o MPE ainda não havia se posicionado sobre a manifestação e as alegações em relação ao promotor. A reportagem também tentou contato direto com Marcelo Creste, e ele informou que irá se manifestar em momento oportuno.

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