Mãos de Deus

OPINIÃO - Walter Roque Gonçalves

Data 20/03/2021
Horário 05:00

É triste a situação caótica que o país vive frente à força que a natureza impôs pela pandemia do novo coronavírus. A saúde pública em colapso, a falta iminente de insumos básicos como anestésicos e oxigênio para tratar os pacientes mais graves, a nova cepa do vírus. As aglomerações por motivo fútil, festas clandestinas, o transporte público lotado, a politização da pandemia, a corrupção, a economia fragilizada... Como ter esperança e reunir forças diante deste cenário? O contexto está repleto de incertezas angustiantes e a sensação é de que somente “as mãos de Deus” podem resolver.
Ao falar de Deus se lê espiritualidade que na sua essência não está ligada a esta ou aquela religião e muito menos exclui os ateístas. Uma pessoa espiritualizada é capaz de emanar amor, transcender, ver além do que os olhos veem, se manter motivada, produtiva e ter empatia e compaixão pelo próximo. Esta força talvez seja chamada pelo ateu de energia positiva, bom senso, decência, criatividade, resiliência e até mesmo de física quântica. Enquanto para os religiosos tudo se resume simplesmente em Deus. Portanto, entre ateus e os religiosos há um ponto em comum: a espiritualidade.
No Jornal Nacional do dia 17 de março de 2021, foram televisionados exemplos de ações que estimulam a espiritualidade! Nesta matéria o radialista Jonatas de Jesus organiza um Mercadinho Solidário e tudo é feito pela rádio comunitária. Os alimentos chegam pela força da daqueles que se compadecem pelo próximo, a rádio entrega – sem custos – os mantimentos para os mais necessitados. Para uns as mãos que os ajudam é a da comunidade liderada por Jônatas, para outros é possível enxergar as mãos de Deus estendida através deles para mudar a realidade, transpor barreiras e vencer o impossível. 
Como diz Mário Sérgio Cortella “diante dos desafios da pandemia ou senta e chora, ou se levanta e enfrenta”. A espiritualidade é um mecanismo para se levantar diante das adversidades. Por isso, ante às incertezas impostas pela pandemia e a politização da crise é preciso manter as esperanças e o vigor para gerir as mudanças necessárias frente aos desafios nos negócios.  Ao se manter de pé e resoluto as virtudes são fortalecidas! É neste terreno fértil da determinação que agem as “mãos de Deus”.
 

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