Maria Nilda Barreto eterniza legado no ensino e área da saúde

Ex-coordenadora do curso de Enfermagem da Unoeste faleceu hoje, aos 59 anos, em decorrência de um câncer

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 20/05/2021
Horário 15:21
Foto: Unoeste
Maria Nilda foi professora da Unoeste por 19 anos, dos quais 10 esteve à frente da coordenação do curso de Enfermagem
Maria Nilda foi professora da Unoeste por 19 anos, dos quais 10 esteve à frente da coordenação do curso de Enfermagem

A comunidade acadêmica da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista) e milhares de profissionais da saúde que hoje atuam em Presidente Prudente, região e diversas cidades do Brasil lamentam a perda da professora e enfermeira Maria Nilda Camargo de Barros Barreto, aos 59 anos, em decorrência de um câncer. Docente no curso de Enfermagem da Unoeste desde 2002, em 2011 ela assumiu a coordenação e prosseguiu até o início de 2021, quando por questões de saúde escolheu prosseguir apenas na docência da graduação. Maria Nilda deixa uma filha, esposo e um legado eternizado no ensino superior e na área da saúde de Prudente e região.

Na educação, a professora teve atuação fundamental em diversas frentes, beneficiando a formação profissional e a comunidade em geral. Foram inúmeros projetos e parcerias que ela liderou, como em unidades de saúde, hospitais, centro do idoso, inclusive na pandemia, com atuação na linha de frente junto a professores e outros profissionais do município.

Larissa Sapucaia Ferreira Esteves, atual coordenadora da Enfermagem da Unoeste, relata que não é possível mensurar em palavras a contribuição da professora Maria Nilda. “Primeiro individualmente, para cada estudante. A preocupação dela com a formação ética, técnica e humanística de cada um. Ela conhecia todos pelo nome! Para o curso de Enfermagem, de forma geral, ela foi uma militante incansável. Ela corria atrás, não poupava esforços, brigava pela causa, trazia a bandeira do enfermeiro empoderado, crítico, com profissão robusta. Ajudou a implantar o título de hospital de ensino no HR [Hospital Regional] de Presidente Prudente, além dos programas de residência multiprofissional que foram uma luta dela, assim como as articulações com as secretarias municipais, hospitais, enfim. Então é difícil colocar em palavras tudo que ela representa”.

A coordenadora pedagógica da Unoeste, professora Aparecida Darcy Alessi Delfim, lembra a grande contribuição de Maria Nilda na CPA (Comissão Própria de Avaliação), desde 2010. “Ela, sempre muito atuante, teve papel fundamental na comissão, além da importância para a área da saúde de forma geral”, destacou, lamentando a perda precoce.

Dom de resgatar vidas

O enfermeiro e egresso da graduação, Wabison Santos, também lamentou o falecimento da professora e a descreve com “o dom de resgatar vidas”. Ele conta que precisou pausar a graduação por um período, por questões financeiras, e que, mesmo distante da universidade, a então coordenadora do curso se manteve próxima a ele. “Ela representa o empoderamento da enfermagem e a busca incansável pela ciência, satisfação pessoal e profissional, no individual e coletivo. Ela trazia o engajamento dos alunos e de suas potencialidades, que foi o meu caso. Ela foi lá no fundo e resgatou minha perspectiva”.

Wabison conta que, com apoio e incentivo de Maria Nilda, ele ingressou no programa de residência em oncologia, na cidade de Jaú (SP), e atualmente faz mestrado na área e atua como enfermeiro do Hospital do Câncer de Jaú. “Digo que ela não perdeu a batalha contra o câncer, porque contra essa doença só existe vencedor, pois precisa de muita coragem para enfrentá-la e isso ela teve durante seis anos”, frisa.

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