A UBS (Unidade Básica de Saúde) da Cohab – Cohabão – promoveu, ontem, uma ação de conscientização alusiva ao Dia Nacional de Combate à Hipertensão, lembrado em 26 de abril. Ao longo de todo o expediente, os pacientes tiveram a oportunidade de aferir a pressão e conhecer as suas medidas antropométricas, uma vez que o peso está associado ao aparecimento da doença. De acordo com a gerente administrativa, Meire Tolosa, estes serviços são oferecidos rotineiramente no posto de saúde, no entanto, receberam maior atenção ontem, em função da data. Até 8h40, 132 pessoas já haviam sido atendidas, sendo que a expectativa era aumentar a procura em 40% até o fim do dia.
Conscientização foi realizada ontem, no Cohabão, em PP
A gerente aponta que todos os indivíduos que apresentaram resultados alterados foram imediatamente encaminhados para um profissional da unidade, com o objetivo de rastrear se o problema era ocasional ou sintomático. Atualmente, o Cohabão atende todas as semanas cinco grupos compostos por 30 hipertensos cada e a previsão é que este número aumente.
Conforme o cardiologista Fábio Rosseto, a hipertensão é uma patologia caracterizada pelos níveis de pressão arterial superiores a 140/90 mmHg (milímetros de mercúrio). Ela se manifesta de forma silenciosa, podendo gerar ocasionais dores de cabeça e sangramentos no nariz. Sendo assim, a melhor forma de diagnosticá-la é realizando a aferição de pressão pelo menos uma vez por ano. O especialista destaca que a doença é democrática e atinge todas as pessoas, independente de faixa etária e etnia, acometendo uma a cada quatro pessoas. Em números, isso significa que 15% da população sofre de hipertensão, ao passo que a doença surge em 50% dos idosos acima de 60 anos.
Segundo o profissional, caso não seja identificada, a hipertensão pode trazer uma série de riscos para a saúde do paciente, como a lesão e entupimento dos vasos sanguíneos, o que aumenta a possibilidade de angina, infarto e derrame, além de comprometer a filtração dos rins. Fábio enfatiza que a mudança de hábitos é a melhor forma de prevenção. Entre as mudanças, está a adoção de uma dieta equilibrada e com pouco sal, o controle do peso, combate ao tabagismo e a prática regular de exercícios físicos. "Já os hipertensos devem seguir rigorosamente as prescrições médicas e ter acompanhamento frequente", denota.
A psicóloga Silvia Soares Vidal, 52 anos, acompanhou seu filho em uma consulta ao pediatra na manhã de ontem e aproveitou o ensejo para medir a pressão arterial, que estava dentro da normalidade. Ela costuma realizar o exame todos os anos e acredita que, por se tratar de uma doença assintomática, a hipertensão deve ser alvo de divulgação constante. "Muita gente tem e não sabe", comenta. A aposentada Heloisa Geraldo Laurentino, 63 anos, por sua vez, é hipertensa há quatro anos e frequenta o Cohabão regularmente para verificar se está tudo bem com a sua saúde. "Ter hipertensão é difícil, mas mantenho controlada, eu consigo viver normalmente. Só precisei adotar alguns cuidados, como diminuir o sal e o óleo e fazer caminhada", considera.
