Moradores cobram inserção de lixeiras em praça e Semea avalia necessidade

- SANDRA PRATA

Data 06/01/2019
Horário 06:00
José Reis - Bairro implantado em 1978 tem área verde de 23.605 m²
José Reis - Bairro implantado em 1978 tem área verde de 23.605 m²

Pássaros cantando, crianças brincando e pessoas desfrutando da sombra das árvores. Esse era o cenário vislumbrado pela reportagem na Vila Real, na praça, que conta com uma ATI (academia da terceira idade). E, segundo os moradores, essa é a melhor representação do que significa viver no bairro que é “tranquilo, sossegado e com tudo para ser a melhor vila”, relata Severino Soares da Silva, 74 anos que, embora não resida no bairro – morador do Parque Shiraiwa bairro vizinho-, se locomove diariamente até ao local para praticar exercícios.

No entanto, nem tudo “são flores”, embora essas sejam bem cultivadas por José Aparecido Garcia, 63 anos, que realiza constantes manutenções na praça. Ele salienta que a falta de lixeiras no local tem sido incômodo constante. “Já solicitei para a Prefeitura, não fui atendido, nosso maior problema agora é esse”, lamenta.

Severino concorda que a presença de lixeiras tiraria o aspecto de “descuido” do espaço. “Na minha vila temos lixeiras em praças, aqui não”, comenta. Em busca de “melhorar a situação”, José afirma já ter improvisado uma lixeira para deixar na praça. “Trouxe de casa para ver se ajuda um pouco, mas também falta conscientização dos próprios moradores em deixar a praça limpa”, relata.

Para Antônio Lopes, 80 anos, o lixo não incomoda “tanto assim”. E, embora elogie a coleta de lixo que “passa certinho todas as semanas”, reconhece que lixeiras na praça seriam bem-vindas. “Venho todo dia aqui, penso que a pracinha é para todo mundo, então é importante cuidar”, expõe.

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) disse que a Semea (Secretaria Municipal de Meio Ambiente) já foi acionada acerca do pedido dos moradores e viabilizará a implantação de lixeiras no local.  

Espaço da praça

Anteriormente foi noticiado por esse diário que alguns moradores da Vila Real estavam se queixando da falta de atenção com a área de lazer, em especial da presença de “crianças baderneiras”. No entanto, ao que parece isso não é mais um problema. Antônio, por exemplo, não se importa em dividir o espaço com os pequenos. “Eu já fui criança, sei como é, se elas não puderem brincar na pracinha, vão brincar onde?”, expõe.

José Fabiano Chagas da Silva, 47 anos, é um desses que aproveita o espaço para o lazer dos filhos. De acordo com ele, todo o bairro é “muito família”. Prova disso é que reside há 15 anos e a sogra a 38, e não possui pretensão de se mudar. “Têm pracinhas por aí que você só vê coisas erradas, hoje em dia é muito difícil criar seus filhos em alguns bairros, mas aqui não temos esse problema, todo mundo se conhece, não temos problemas com violência, assalto, acredito que não tem nada que eu mudaria aqui na vila”, explana.

Para deixar esse tipo de lembrança na memória das pessoas, principalmente de seus netos, que José cuida da praça. Plantando mudas, pintando bancos, tentando manter organizado, o morador frisa que a ideia é “deixar uma marca” e fazer com que “daqui alguns anos, olhem para o pé de jatobá plantado há cinco anos e se lembrem da pessoa que realizou aquele feito”. No geral, acredita que preservar o espaço nada mais é que “cuidar do meio ambiente para o futuro das crianças”.

ESTRUTURA DO BAIRRO

Ano de implantação: 1978
Quadras: 12
Área Verde: 23.605 m²
Quantidade de casas: 511
Terrenos baldios: 39
População estimada: 2 mil pessoas
Fonte: Secom

SERVIÇO

SUGESTÃO DE PAUTA

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato pode ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do pauta@imparcial.com.br e do telefone 2104-3722.

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