Moradores do bairro sentem falta de comércio e mais linhas de ônibus

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 24/12/2017
Horário 10:28
José Reis, Transporte coletivo contempla bairro com 1 itinerário
José Reis, Transporte coletivo contempla bairro com 1 itinerário

 

Uma das vantagens de morar em bairros centrais é estar a poucos metros de um supermercado ou uma casa lotérica. No Parque das Cerejeiras, em Presidente Prudente, tal proximidade faz falta para os moradores. Isso porque, de acordo com o médico Dermany de Oliveira Junior, 32 anos, a localidade não dispõe de estabelecimentos comerciais, exceto pequenos bares, que servem como alternativa para a compra de mercadorias de maior necessidade. A dona de casa Guiomar Parada da Costa Silva, 59 anos, acredita que o bairro seria completo se houvesse a implantação de serviços prioritários, como uma farmácia, por exemplo. Já o técnico em eletrônica, Walter Tiosso, 45 anos, destaca que, na ausência de comércio, recorre aos empreendimentos localizados nos jardins Morumbi e Cinquentenário, que ficam nas imediações.

O presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, expõe que, em âmbito geral, todos os bairros necessitam de pequenos estabelecimentos, como mercearias e farmácias, no entanto, antes de fixá-los, é preciso que haja uma pesquisa de mercado a fim de verificar se tais localidades possuem demanda suficiente para viabilizá-los. Nesse levantamento, é preciso observar a quantidade de consumidores em potencial e qual a distância entre o bairro e o empreendimento de determinada natureza mais próximo. “Abrir um negócio não pode ser uma decisão duvidosa, porque se o empreendedor não conhecer o terreno onde está pisando, as chances de não dar certo são muito altas”, explica.

O acesso ao transporte coletivo é outro problema relatado pela vizinhança. Conforme os residentes, os usuários são atendidos por uma única linha – Parque Shiraiwa x Vila Furquim –, a qual circula com uma frequência que varia de 50 minutos a 1 hora e 10 minutos. Desta forma, se alguém perde o ônibus, fica sem opção até a chegada do próximo veículo. A moradora Guiomar aponta que, por esta razão, prefere andar a pé. “Se eu depender de ônibus, não saio de casa”, comenta.

A dona de casa Maria José Silva Rato, 55 anos, reforça o dilema e pondera que o bairro poderia ser assistido por mais itinerários ou ônibus com horários menos espaçados. “Enquanto isso, a população recorre ao Jardim Morumbi, onde as linhas passam com mais frequência. Porém, o nosso bairro possui ruas muito inclinadas, o que prejudica o deslocamento de idosos mais debilitados ou mulheres com crianças no colo”, avalia.

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) informa que, pelas proporções do Parque das Cerejeiras, o número de linhas de ônibus que circula pela região é, a princípio, “suficiente para atender a demanda”. “No entanto, se os moradores acreditam haver necessidade do deslocamento de mais linhas, deve-se abrir um pedido de análise de demanda pessoalmente na Semav [Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública] para que técnicos da pasta façam a avaliação”, pontua.

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