Move Over divulga "Elemento Surpresa”

Banda, formada em Bauru, já tinha um passado solidificado, mas ganhou projeção nacional ao chegar à semifinal do “SuperStar"

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 24/07/2015
Horário 09:38
 

A banda Move Over, formada em Bauru (SP), lança seu novo trabalho, intitulado "Elemento Surpresa". O disco, que traz 12 canções autorais, mostra um quarteto do interior que já tinha um passado artístico solidificado, mas que ganhou projeção nacional ao participar, chegando à semifinal, do "SuperStar" (Rede Globo), com 94% de aprovação do público, no ano passado. O grupo já tem a primeira turnê internacional agendada para novembro em Paris e cidades da região francesa.

"Já tínhamos anos de carreira, sempre nos dedicamos, mas era um trabalho menor, regional e de repente com o programa demos uma alavancada espetacular. Foi, sem dúvida, um divisor de águas. Aprendemos muito, fizemos contatos com pessoas incríveis. Enfim, foi maravilhoso", ressalta a vocalista Dri Santana.

Segundo ela, a banda quer tocar as pessoas com suas músicas, que falam de coisas que acreditam, que viveram momentos difíceis e outros tantos de felicidade. "Estamos muito felizes com o resultado, pois já sentimos o feedback dos fãs, o primeiro clipe já está no YouTube mostrando bem a performance da banda. É como pegar o sonho com as mãos! Foram três meses colhendo cada timbre, vendo tudo tomando forma e está pronto!", exclama a cantora.

"O primeiro show, pré-lançamento, no Mata Café , foi incrível. Uma noite mágica com tantas pessoas queridas, familiares, amigos que saíram do interior de São Paulo, do Rio Grande do Sul, tudo ali pertinho da gente, e cantando nossas músicas! Ficamos até sem palavras e ver isso chega a ser inacreditável", destaca o baterista Leandro Tenório, que é casado com Dri Santana.

O casal conta que estiveram em turnê pelo Espírito Santo e que a ideia é passar por todo o Brasil. Uma cidade que está na rota, no interior paulista, é Presidente Prudente. "Temos uma história com essa cidade, pois fizemos vários shows aí e sempre nos receberam muito, muito bem. Quanto à nossa estreia fora do Brasil, é algo super novo para nós. Estamos na expectativa e ansiosos em levar nosso som para lá. Mas como fazemos tudo com verdade, amor e dedicação, será especial", acentua Dri Santana.

 

"Elemento Surpresa"

A cantora conta que o disco tem a produção do amigo Brendan Duffey, um californiano que até pouco tempo manteve seu estúdio em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, com alto padrão técnico, detalhismo e atenção aos timbres, que virou referência em rock pesado no Brasil (Angra, Dr. Sin, Kiko Loureiro, Malta, RPM). As programações eletrônicas são de Marcelo Baldin, com a contribuição criativa do americano Eric Silver, multi-instrumentista e compositor de Nashville acostumado a trabalhar com Shania Twain e Dixie Chicks, - que a banda já conhecia pela ligação com NX Zero e Di Ferrero. Silver teve cinco canções versionadas por Dri Santana e Leandro.

"Ele é amigão do Brendan e a gente adorou o material dele. Mas, claro, demos nosso toque: mudei algumas letras e trouxe tudo para o meu jeito de colocar a voz", explica a cantora.

Em uma das versões, "O Fim", ela tem uma das mais destacadas performances vocais do disco, começando no grave e com nota sustenido rasgada.  Em "O Tempo se Vai", a viola caipira remete às origens interioranas da banda. E por ai vai, tem que ouvir o disco para sentir o que é a Move Over!

 

A banda


Dri Santana, que é natural de Agudos (SP), conta que quando montaram a banda, em 2003, na cidade vizinha Bauru, onde moraram até o ano passado, ela e Leandro namoravam há um ano e o fato de serem muito amigos e conversarem muito, sobre tudo, isso equilibra o trabalho e a vida pessoal. Segundo ela, a grande escola para a solidificação da Move Over, que conta ainda com a pegada forte da baixista Fernanda Horvath e com a experiência e o ecletismo do guitarrista Alex Zambrana, foi o palco.

Com o álbum independente "Ir Além" (de 2005) e lançamentos em outros formatos no currículo (EP e singles virtuais, DVD acústico), a banda resistiu à tentação de lançar apressadamente um trabalho. Preferiu investir em disco totalmente novo, gravando sem pressa, como ela diz com "muita coisa guardada na cabeça e no coração, aquele fogo, a sensação de que a qualquer momento vai explodir", salienta.

Em 2009, 12 mil pessoas aplaudiram a banda, escalada para a difícil missão de abrir para Titãs e Arnaldo Antunes no Anhembi, em São Paulo.

 

Curiosidades

O nome da banda veio da canção escrita por John Kay (Steppenwolf) e Gabriel Mekler, e gravada por Janis Joplin, uma referência para Dri Santana. O repertório, que era cover, aos poucos ganhou a veia autoral da cantora que é fã de Pitty e Rita Lee, prevalecendo o estilo de ambas, na maioria das faixas.

Outra coisa que chama a atenção na banda é o visual exótico. Dri Santana exibe cabelos vermelhos (desde 2005). "Sempre fomos muito ligados à moda. Eu, desde pequena gostava de maquiagem, de montar figurinos e acabei trazendo isso comigo, cuidando do nosso visual. A música é a base do nosso trabalho e a estética bonita é  um elemento a mais", destaca.

 
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