Móveis velhos e restos de reformas pelas ruas: A solução é reaproveitar!

OPINIÃO - Felipe Barroso

Data 08/02/2022
Horário 04:30

Como ocorre em uma epidemia provocada por qualquer vírus, a contaminação é rápida e causa transtornos para toda sociedade. É o cenário visto em relação ao descarte criminoso de sofás velhos, colchões, armários e de todos os tipos de restos de construção civil. Pode ser no canteiro central de uma avenida, na praça do bairro ou no fundo de vale: os resíduos estão espalhados por todos os cantos das cidades.
 A triste realidade pode ser vista diariamente, por exemplo, na capital do oeste paulista. Em Presidente Prudente, até estradas rurais servem como depósitos clandestinos de materiais. A ação, além de ser enquadrada como crime ambiental, é uma das maiores responsáveis pela poluição de matas, florestas e de rios. Provocando o desequilíbrio de ecossistemas inteiros, reduzindo a presença de espécies de animais e de plantas, contaminando o solo e a água.
 É bom lembrar que todo o acúmulo desses materiais é o ingrediente principal para dezenas de vetores de doenças, que farão dos resíduos criadouros para multiplicação em massa de suas espécies. É o caso do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, como também do mosquito Palha, responsável por disseminar a leishmaniose.
Mas, afinal. De quem é a culpa? E o que pode ser feito agora? As duas perguntas são essenciais para iniciar uma guinada nos conceitos da população e de gestores públicos.
Em relação ao primeiro questionamento, a responsabilidade é compartilhada. Cabe ao cidadão separar corretamente os materiais e procurar a melhor forma para o descarte. Para tal, enviando para cooperativas de reciclagem, ecopontos municipais ou acionando serviços disponibilizados pelas próprias prefeituras. Do outro lado, há a necessidade básica de conscientizar a população em geral - de crianças a adultos - sobre o descarte correto e reaproveitamento desses itens.
Além disso, o poder público deve investir constantemente em campanhas de divulgação dos serviços de coleta, além de fomentar a retirada periódica de todos os resíduos espalhados por ruas, áreas de lazer e fundos de vale. Pois, de nada adianta o esforço da população em separar os recicláveis e lixo doméstico sem poder contar com a certeza da prestação do serviço.
Recentemente, a edição do Circularity Gap Report, estudo sobre os fluxos da economia do planeta, revela um dado alarmante: de tudo que é produzido e utilizado pela população mundial, 91,4% é transformado em lixo. Ou seja, menos de 9% é reaproveitado de forma parcial ou total.
A resposta para a segunda pergunta está neste levantamento: reverter essa porcentagem e reaproveitar o máximo possível de todo resíduo descartado. Isso é possível por meio de políticas públicas sólidas e bem definidas, onde o setor privado tem sua parcela de contribuição ativa e a população é engajada a participar do processo.
Na região, a Transforma Energia é exemplo de como aplicar soluções sustentáveis na destinação correta e reaproveitamento de resíduos. Por meio de duas plantas industriais altamente modernas, a de Resíduos de Grandes Volumes (RGV) e a de Resíduos de Construção Civil (RCC), ela oferece diversos serviços a municípios e empresas - de todos os portes.
Móveis velhos, restos de madeira e podas de árvores são transformados em combustível com alto poder calorífico para indústrias e demais empreendimentos. Já os restos de construção tornam-se areia, brita e demais materiais que podem ser empregados novamente na edificação de prédios, manutenção de estradas, entre outros.
Preocupada com a preservação do meio ambiente, a Transforma Energia participa ativamente de ações de auxílio a diversos municípios do oeste paulista abrindo as portas do seu Centro de Valorização de Resíduos para receber gratuitamente materiais recolhidos em mutirões ou em situações emergenciais evitando que a população arque com multas ambientais sofridas por prefeituras.
Não há desculpa para a perpetuação da inércia quando o assunto é resíduo sólido. Soluções estão disponíveis e o pontapé inicial deve ser dado pelos gestores públicos, responsáveis diretos em conscientizar a população e manter as cidades limpas.
 

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