MPB Shell 1981

DignaIdade

COLUNA - DignaIdade

Data 24/11/2020
Horário 06:30

Após o grande sucesso do MPB 80, a Rede Globo e os combustíveis Shell patrocinaram uma nova edição de música popular brasileira que novamente contagiou o público. A participação de grandes talentos no ano anterior (como Jessé, Oswaldo Montenegro, Amelinha, Fátima Guedes, Eduardo Dusek, Baby Consuelo e Pepeu Gomes, Sandra de Sá, Lecy Brandão) disparou o número de inscrições e candidatos. O MPB Shell 1981 foi exibido de março a setembro e também popularizou nomes como Rosana, Gang 90 & As Absurdetes, Arrigo Barnabé e Kleiton e Kledir. O terceiro lugar ficou com Almir Guineto com o samba “Mordomia” e o segundo lugar ficou com Guilherme Arantes com sua canção “Planeta Água”, que era disparadamente a franca favorita do público. Quando o primeiro lugar foi anunciado como sendo da música “Purpurina” (de Jerônimo Jardym) defendida por Lucinha Lins, seguiu-se a maior vaia da história dos festivais. Durante dez minutos, Lucinha em lágrimas manteve-se no palco enquanto o público vaiava sem parar. História da música popular brasileira. 
  

“Neuroplasticidade”

Neuroplasticidade é o termo utilizado para designar a capacidade do cérebro de se adaptar a mudanças. Consiste na habilidade cerebral de reorganizar seus neurônios e circuitos neurais, moldando-se a níveis estruturais através de aprendizagem e vivências. Para melhor entendimento, lembremos que o cérebro funciona por meio dos neurônios (as células do sistema nervoso) que percorrem caminhos padronizados. Com a neuroplasticidade haveria uma remodelagem por meio de um trabalho que envolve pensamentos, vivências, emoções, comportamentos, necessidades pessoais e o ambiente em que o paciente se insere. Desta forma, novas ligações entre os neurônios (denominadas sinapses) são estabelecidas, alterando a complexa rede de conexões já existentes. Tal capacidade se demonstra de fundamental significância para pacientes com lesões físicas ou cerebrais. Diante de uma lesão cerebral grave, diversos neurônios são danificados definitivamente e outros passariam a estabelecer novos caminhos para que as funções perdidas possam ser reavivadas. Como os neurônios que são atingidos por uma lesão (como num acidente vascular cerebral isquêmico) não são substituídos e não há restauração da área completamente danificada, com a neuroplasticidade haveria a possibilidade de recuperação através de dois mecanismos: a primeira seria por brotamento de axônios (que são prolongamentos longos naturais das células neuronais), que se alongariam cada vez mais em busca de novas conexões; a segunda seria pela ativação de sinapses latentes, aquelas que estavam adormecidas com pouca função. Trazendo estes conceitos para o envelhecimento cerebral, seria possível ativar a neuroplasticidade para “turbinar” o cérebro. Dentre as possibilidades: 1) Adquirir novos conhecimentos como aprender uma nova língua, um instrumento musical, uma nova atividade manual ou se aprofundar no mundo digital; 2) Sair do modo automático, procurando não fazer rotinas muito monótonas, mudando hábitos de tempos em tempos, utilizando a mão não dominante, reorganizando materiais; 3) Elimine distrações, evitando fazer várias atividades ao mesmo tempo, pois assim o aprendizado fica irregular e demorado; crie focos de atenção. 

Dica da Semana

Livros 

“A Vida Sem Crachá”:
Cláudia Giudice. Editora Harper Collins. Subtítulo: A Dor de perder um emprego e a experiência de dar a volta por cima com um Plano B. A autora divide com o leitor sua história de vida após a demissão de uma grande editora onde trabalhou por 23 anos, da tragédia da perda de emprego até a realização de seu sonho de construir uma pousada pé na areia na Bahia. 

 

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