Mulheres se destacam nos mais diferentes papéis

Acúmulo de atividades não tem gerado reclamações entre o gênero, pelo contrário, tem impulsionado a luta diária por mais espaço

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 08/03/2017
Horário 10:06


É na raça que ela foi conquistando seu espaço no campo, nas ruas e no mercado de trabalho. É na força de vontade que ela superou obstáculos e deixou para trás todas as formas de preconceito na área profissional, política e religiosa. É na coragem que hoje ela move multidões, quebra padrões, forma conceitos e opiniões. O sexo frágil. Esse retrato da mulher já não é mais realidade há muito tempo. E, hoje, diante de tanta expressividade nas ações do universo feminino, resta a este público comemorar! Sim, 8 de março, um dia criado só para elas. Uma forma de homenagear aquela que dá a vida pela família, sem deixar de lado a batalha do dia a dia, com o empenho no trabalho fora de casa. Com papéis cada dia mais importantes e o reconhecimento e auxílio dos homens, a figura tem se mostrado cada dia mais forte, cada dia mais presente.

Jornal O Imparcial Margarida há 13 anos, Maria afirma que ama sua profissão

Embora o estudo Retrato das Desigualdades de Gênero e Raça tenha revelado na segunda-feira que as mulheres trabalham em média 7,5 horas a mais que os homens por semana, com base em séries históricas de 1995 a 2015 da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é importante destacar que o trabalho remunerado não afetou as responsabilidades da mulher em casa. Elas continuam sendo as principais responsáveis pelas atividades em uma moradia, o que leva à dupla jornada. Mas, esse acúmulo de atividades não tem gerado reclamações. Pelo contrário, tem impulsionado a luta diária por mais espaço.

 

Mão na massa


E vontade de evoluir cada dia mais é o que não falta para Eliana Lucas Mendes, 37 anos, que há oito anos vende pipocas na Praça Nove de Julho, no centro de Presidente Prudente. Solteira, ela diz que, na sua profissão, já passou por cenas de preconceito. "Tem pessoas que vêm com malandragem, que acham que sou sensível, e querem se aproveitar disso. Mas, pelo contrário, acho as mulheres fortes e, hoje, reconhecidas, tanto que chegamos até na presidência da República", diz. Já a margarida Maria do Carmo Santos de Oliveira Bosso, 54 anos, acredita que a figura feminina tem algumas características próprias, principalmente no quesito limpeza, do qual ela entende bem. "Acho que a mulher limpa melhor, mas lógico que tem gente que deixa a desejar. Mas, hoje está melhor do que antigamente, hoje somos valorizadas e, por conta disso, amo o que faço", menciona a viúva, que está há 13 anos na profissão.

Casada e mãe de duas filhas, uma de 5 anos e outra de sete meses, a coordenadora pedagógica da escola de idiomas Wizard, Daniela Koga Nogueira, 36 anos, conta nunca ter sofrido preconceito na área em que atua há 10 anos. Comenta até que as vagas de professoras de inglês são comumente preenchidas por mulheres, no entanto, isso não quer dizer que seja um requisito. "Ambos os sexos, se preparados, são qualificados para a profissão. Acho que a mulher, com o passar do tempo, evoluiu e conquistou o seu espaço. Hoje temos tantas chefes, executivas e, portanto, temos muito a comemorar", promove.

Há três anos formada, a farmacêutica Natália Diniz, 24 anos, solteira, pontua que o mercado de trabalho em sua área "melhorou bastante" para o público feminino, nos últimos anos. Ainda destaca que algumas empresas têm preferência pelas mulheres, justamente pela dedicação ao serviço. A opinião é compartilhada pela empresária Paula Rodrigues Nascimento Lima, 30 anos. Casada e mãe de um menino, afirma que "as mulheres estão dominando o mundo". "A ascensão tem sido grande. Hoje estamos conquistando o nosso espaço e temos empregos e salários tão bons quanto os dos homens. A mulher ainda tem capacidade de assumir mais tarefas ao mesmo tempo e está sendo valorizada", declara.

 
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