Não basta tirar o título de eleitor, é preciso exercer a cidadania!

EDITORIAL -

Data 27/07/2022
Horário 04:15

Falta pouco mais de dois meses para as Eleições 2022. No dia 2 de outubro, quando ocorre o primeiro turno, e 30 de outubro, em caso de segundo turno, serão eleitos, através do voto nas urnas, o presidente, o vice-presidente, governadores, senadores e deputados. 
Conforme matéria divulgada domingo neste diário, o número de eleitores aptos a votar cresceu 2,51% nas 53 cidades que compõem a 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, saltando de 663.123 votantes em 2018 para 679.783 em 2022. Levantamento junto ao sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) mostra que Presidente Prudente, o maior colégio eleitoral da região,  apresentou aumento de 4,71% no total de eleitores aptos. São 180.860 neste ano ante 172.720 em 2018.
A evolução no número, de acordo com sociólogo ouvido pela reportagem, revela que há uma transição demográfica em andamento, já que a população está em processo de envelhecimento, o que leva, consequentemente, ao crescimento do total de votantes com idade acima dos 16 anos. Além do aumento da vontade de jovens eleitores manifestarem o desejo de votar, o que ficou implícito na procura pelo título de eleitor, não só em Prudente, que passou de 678 eleitores entre 16 e 17 anos aptos a votar em 2018 para 1.574 neste ano, mas em diversas outras cidades da região.
Tirar o título de eleitor é sim o primeiro passo. Mas existem vários outros quando se pensa em exercer a cidadania. É preciso votar consciente. Saber em quem está votando. As propostas que seu candidato oferece. O voto consciente é capaz de transformar a gestão pública de uma cidade, Estado ou país e, consequentemente, a vida de todos que ali estão. Você já sabe em quem vai votar? Já pesquisou sua história política? O que ele fez ou almeja fazer pelo país ou Estado onde vive?
Um primeiro passo seria colocar no papel quais são as transformações que você gostaria que ocorressem, suas prioridades (meio ambiente, educação, saúde) e, em seguida, procurar nomes com propostas ao menos parecidas. O mais importante é pesquisar bastante, não ir na onda de familiares ou conhecidos, tomar cuidado com fake news, não votar em branco ou “votar por votar” porque aquele candidato que gostaria que fosse eleito jamais ganharia. Um voto pode fazer toda a diferença.
E após as eleições, seu papel como cidadão continua. Durante todo o tempo, também devemos participar das escolhas feitas no bairro, na igreja, no trabalho e em outros espaços que fazem parte da nossa vida. Devemos cobrar, ajudar a fiscalizar. Precisamos de cidadãos conscientes, atuantes, dispostos a lutar por anos melhores, por um país melhor.

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