O final de ano é o período em que as pessoas ingerem mais bebidas no Brasil, sejam substâncias não alcoólicas, como sucos e refrigerantes ou mesmo bebidas alcoólicas, como cerveja, vinho, uísque ou aguardente.
O período de Natal e ano novo é propício para maior ingesta, pois estamos na estação do verão, e o calor sempre alto, mesmo diminuindo um pouquinho a sensação térmica com pancadas de chuvas, o que torna o brasileiro um dos maiores consumidores de bebidas, especialmente de cervejas.
Isto é constatado no país em quase todas as idades, desde os mais jovens como adolescentes que se dirigem aos bares ou postos de combustíveis. Já os adultos consomem em casa ou nas festas e os idosos também aproveitam para beberem. Aqui quero falar um pouco mais sobre o que precisamos ficar atentos.
Idosos normalmente apresentam uma, duas, três ou mais comorbidades. A hipertensão arterial, o diabetes e os transtornos mentais como ansiedade e depressão são os mais comuns nesta faixa etária. E para controle destas doenças, o uso de medicamentos também é muito utilizado. Alguns idosos precisam tomar entre três e até nove tipos de remédios para controle clínico. Sabemos que por si só estes fármacos podem apresentar efeitos colaterais, alguns indesejáveis e outras algumas vezes graves.
Como é Natal e ano novo, sabemos que muitos idosos querem beber um pouco neste período. Às vezes não falam para seus familiares, mas alguns optam por não tomarem os remédios nos horários e dias, ficando sem medicamento. Já outros idosos tomam normalmente seus remédios nos horários, mas bebem. Assim, alguns remédios podem produzir interações, especialmente produzindo tonturas, podendo levar a quedas com fraturas, ou estes fármacos podem potencializar os efeitos das substâncias, ocasionando quedas de pressão, aumento nos níveis do açúcar sanguíneo e dores abdominais com produção de gastrite e até úlceras com perfuração do estômago.
Familiares precisam ficar atentos e darem o bom exemplo neste período: se beber, beber com moderação ou não beber.