No Parque Jabaquara, moradores esperam que data de entrega da UPA seja definitiva

PRUDENTE - ANDRÉ ESTEVES

Data 27/05/2018
Horário 16:16
José Reis, Silvana desaprova uso do fogo
José Reis, Silvana desaprova uso do fogo

Caso a Prefeitura de Presidente Prudente fosse em frente com o projeto de encurtar o horário de atendimento nos PAs (Prontos-Atendimentos) das unidades de saúde da Cohab e do Jardim Santana, a entrega da UPA (Unidade de Pronto-Atendimento) da zona norte teria ocorrido ontem – isso se as recentes manifestações dos caminhoneiros não afetassem o cronograma. A data, no entanto, foi prorrogada após uma mobilização popular que solicitava a manutenção dos plantões em seus horários convencionais, isto é, das 19h às 7h, e não até 22h, conforme estudado pela administração. O prolongamento do prazo foi justificado pela necessidade de terceirizar os serviços da unidade, considerando que os profissionais que atuam nos PAs não poderiam mais ser deslocados para este novo posto de atendimento. Agora, moradores do Parque Jabaquara esperam ansiosamente que a nova data de inauguração se concretize: 30 de junho.

A proximidade do bairro com a UPA, localizada no Jardim Guanabara, é o principal ponto positivo destacado pelos residentes, que não terão a necessidade de atravessar a cidade inteira até a unidade 24 horas do Conjunto Habitacional Ana Jacinta. O aposentado Raimundo de Oliveira Souza, 81 anos, é um dos munícipes que serão beneficiados com a entrega. “Para mim, vai ficar pertinho. Consigo ir até a pé”, comenta. E questionado se acredita que, desta vez, o local vai abrir as suas portas, ele dispara: “A gente espera, porque até agora não aconteceu. A unidade está toda pronta, só depende do poder público”. A dona de casa Silvana Brambilla, 52 anos, também espera resultados efetivos, tendo em vista que acompanhou a inauguração ser adiada por diferentes vezes. “Se ocorrer, vai ser uma grande alegria, porque toda a região da zona norte poderá ser atendida”, expõe.

A dona de casa Maria de Jesus Oliveira Souza, 55 anos, por sua vez, salienta que “está mais do que na hora” da oferta de serviços ser iniciada, já que “faz tempo que a unidade foi erguida”. “Por enquanto, está complicado, porque precisamos correr até o Ana Jacinta sabendo que temos uma estrutura aqui”, pondera. Já a aposentada Claudineia Leite Gomes de Souza, 54 anos, pratica a filosofia de São Tomé: “Só acredito vendo”, pontua.

A Secom (Secretaria Municipal de Comunicação) ressalta que a data oficial de entrega da UPA é 30 de junho e que toda a parte estrutural – incluindo equipamentos – já está concluída, restando apenas algumas questões administrativas relacionadas à contratação dos servidores. Assim como na unidade do Ana Jacinta, toda a gestão será feita pelo Ciop (Consórcio Intermunicipal do Oeste Paulista).

 

Limpeza pública

A dona de casa Maria está insatisfeita com o estado de conservação de uma área que cerca o bairro e dá para a Avenida Masaharu Akaki. Ela diz acionar constantemente o serviço de limpeza da Prefeitura por meio do telefone 156 e, para reverter o problema, solicita que o terreno ganhe uma finalidade, especificamente uma praça de lazer. “Eu já liguei e me falaram que o bairro não dispõe de uma área para isso. O que temos em volta é o quê? Acho que querem manter terreno para deixar o mato crescer”, expõe.

O motorista Antônio Carlos Tricote, 64 anos, faz o mesmo pedido. Para ele, é preciso que a Prefeitura faça a devida limpeza do local e, em seguida, “traga algum divertimento e lazer para a população”. Não muito longe dali, a dona de casa Silvana conta que seu marido tenta manter uma parte limpa, mas inutilmente, já que os cidadãos continuam descartando lixo de forma irregular. “As pessoas jogam o entulho aqui achando que vai desaparecer magicamente”, ironiza.

Em sua opinião, ao invés de deixar o espaço abandono, a administração poderia utilizá-lo para a implantação de equipamentos para a criançada e a terceira idade. “Enquanto nada é feito, há quem jogue fogo nos entulhos”, aponta a moradora. Maria denuncia o mesmo problema. “Quando incendeiam o lixo, não conseguimos nem respirar dentro de casa”, pontua.

A Sosp (Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos) comunica que essa área é limpa periodicamente, no entanto, “as pessoas descartam o lixo e a Prefeitura está sempre recolhendo”. Desta forma, a pasta orienta que os munícipes que flagrarem a disposição inadequada de resíduos no trecho façam a denúncia por meio do telefone 156 e utilizem este mesmo canal para solicitar a limpeza. Quanto à área de lazer, informa que, até o momento, não há previsão para a instalação de uma.

 

Estrutura do bairro

Data de implantação: 30/09/1992

Área de loteamento: 90.502,98 m²

Área verde: não consta

Quadras: 145

Construções: 121

Terrenos baldios: 48

População estimada: Cerca de 600 pessoas

Fonte: Secom

 

SERVIÇO

A população pode promover suas reclamações, críticas e elogios sobre o bairro em que reside. O contato deve ser feito com os profissionais da Pauta, por meio do pauta@imparcial.com.br, do telefone 2104-3732 ou do WhatsApp 99104-8537.


 

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