Novas técnicas são abordadas em Jornada Lusófona

PRUDENTE - ANNE ABE

Data 27/07/2017
Horário 12:54

A FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, recebeu até ontem a segunda edição das Jornadas Lusófonas sobre Ciências e Tecnologias de Informação Geográfica, que ocorre há cada três anos e iniciou em Coimbra, Portugal, no ano de 2014. O evento coincidiu com a realização do 4º Simpósio Brasileiro de Geomática, sendo que ambos foram em comemoração aos 40 anos do curso de graduação de Engenharia Cartográfica da universidade, o único no Estado de São Paulo, e aos 20 anos do curso de pós-graduação em Ciências Cartográficas, que contará com outra programação comemorativa envolvendo os egressos dos cursos, que se iniciará amanhã.

Na ocasião, professores, pesquisadores e alunos puderam ter contato com novas técnicas na área da geodésia, fotogrametria, sensoriamento remoto, da cartografia em geral, por meio de pesquisas, palestras e equipamentos atualizados. “É um importante intercâmbio de informações entre os profissionais na área, para a utilização da informação geográfica”, declara Amilton Amorim, chefe do Departamento de Cartografia e membro da organização do simpósio.

De acordo com o organizador, o evento contou com o total de 320 inscritos, entre este número estiveram presentes alunos e professores de diversas localidades como Paraná, Goiânia, Uberlândia, Mato Grosso, Minas Gerais, bem como das universidades de Porto, Coimbra, Lisboa, Cabo Verde e Moçambique.

O professor da Universidade de Coimbra, Jose Gomes dos Santos, foi o organizador da primeira edição e veio prestigiar a sequência do evento. Ele conta que Prudente foi escolhida para este acontecimento, pois é uma região que possui um grande número de pesquisadores dentro dessa área, o que é relevante, pois a informação geoespacial está presente em tudo ao seu redor. “Na primeira vez, o evento não teve tanto tempo para ser divulgado e contou com cerca de 150 inscritos, um número bom, pensando que, na época, Portugal estava em crise. O Brasil também esteve presente, junto com a África, onde pretendemos fazer a terceira edição”, relata.

 

Adquirindo conhecimento

O participante Daniel Arana, de 26 anos, está no segundo ano do doutorado em Ciências Cartográficas e sempre participa de eventos como este. Nesse, em específico, o que mais atraiu, segundo ele, foram as pesquisas apresentadas, pois pode ter uma visão geral do que está sendo produzido na área, além de notar a relevância que elas possuem para a sociedade e entender as filosofias sobre os temas. "Achei os trabalhos bem interessantes. Participar desse tipo de evento também me permite reencontrar os professores, que sempre dão umas dicas e novas ideias de pesquisas", diz.

As pesquisas também foram o que mais atraiu a atenção da aluna do Instituto Federal Goiano, Tainara Santos, 19 anos, pois é uma área que pretende seguir após a sua formação, principalmente o ramo da geodésia. “Todos os produtos que são desenvolvidos nasceram de uma pesquisa, por isso acho tão importante e gosto dessa área”, comenta.

Vinda de Goiânia (GO), a graduanda em Engenharia Cartográfica e Agrimensura, Brisa Maria Tobias Carvalho, 21 anos, participou dos três dias de evento por incentivo de seus professores, que são formados pela Unesp. Para ela, o que mais interessou foi a interação igualitária entre diferentes níveis de formação, visto que havia alunos de graduação até doutorado. "É um campo muito amplo. Ver as pessoas que deram certo nesse ramo se torna uma motivação a mais, sem falar dos contatos que fazemos", acrescenta.

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