Uma atração à parte no 11º Mutirão do Lixo Eletrônico de Presidente Prudente foi a reprodução, em 900 metros quadrados, da fotografia do aluno Otavio Micael Lima Souza, 10 anos, da Escola Municipal Dr. João Franco De Godoy, toda confeccionada com lixo eletrônico. Disquetes, televisores, computadores, roteadores e carregadores deram forma a cada detalhe do rosto do menino reproduzido no gramado do Parque do Povo, na manhã de ontem. Do alto, em um guindaste, as pessoas podiam ver cada detalhe da façanha idealizada pelo professor Itamar Xavier de Camargo.
“Olha, como educador posso afirmar que hoje existe um apoio que eu nunca tive em relação à condição de trabalho tão boa. Digo isso porque atualmente posso colocar em prática planos e ideias que muitas vezes o professor tem, mas não consegue executar pela falta de apoio”, enfatiza o educador do Programa Cidadescola, que ministra a oficina de criação Fab Lab, na Fundação Inova, da qual originou a arte que ele acredita que seja a maior imagem do mundo produzida com lixo eletrônico e, por isso, ele a cadastrará no site de recordes brasileiro, e, em seguida, no Guinness World Records.
“Essa oficina contribui tanto para formar o aluno com uma capacidade criadora, em que a partir do que existe, consegue fazer novas criações, quanto para a sua evolução em adultos mais conscientes futuramente com as questões ambientais. Desde a sexta-feira, quando fiz no local o esboço da obra, as pessoas já estavam curiosas para saber o que estava fazendo ali”, alegra-se Itamar.
O secretário municipal de Tecnologia da Informação, Rogério Marcus Alessi, menciona o trabalho do professor com carinho. “Queremos chamar a atenção das pessoas e essa obra talvez seja o maior desenho feito com lixo eletrônico do Brasil. Isso é mais um motivo de orgulho para a nossa cidade. Nossas crianças são um braço do nosso evento, um dos maiores do país”, destaca.
Alunos também participaram do mutirão na Oficina de Criatividade do Inova Kids, na tenda do Cidadescola. Tímido, Otávio, que segundo o professor, foi o aluno escolhido pelas características físicas que facilitam na hora de desenhar, disse que “achou muito legal ter seu rosto desenhado com lixo eletrônico”.
