Obras da pista da Unesp seguem sem perspectiva de início

Universidade aguarda liberação total do recurso para licitação; governo alega que parte do dinheiro já foi repassada

Esportes - JEFFERSON MARTINS

Data 02/09/2016
Horário 10:46
 

 

A situação da reforma da pista de atletismo Mário Covas da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), em Presidente Prudente, continua a mesma dos últimos meses: sem perspectiva de início. O motivo é que a universidade aguarda a liberação total do recurso, que corresponde a R$ 12.599.329,21, para aí sim fazer a licitação de compra do material. Por outro lado, o Ministério do Esporte alega que parte do dinheiro já está em posse da Unesp e, sendo assim, já é possível realizar pregão.

Jornal O Imparcial Pista tem pontos comprometidos e serve para treinos de atletas iniciantes e com nível olímpico

O local serve para treinamento de atletas, desde iniciantes a com nível olímpico. Casos de Bruno Lins Tenório de Barros e José Carlos Moreira, Codó, ambos participantes Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em agosto. Segundo o técnico da dupla, Jayme Netto Júnior, a situação incomoda, entretanto, não impossibilita das atividades. "Atrapalha bastante, a pista está no limite dela, mas ainda dá para treinar, aguenta um pouco. Tem que correr nas raias que estão melhores, já que não são todas prejudicadas pelas bolhas", diz.

Jayme fala que a situação climática colabora para aumentar o problema. "Tem época que fica com muitas bolhas. Quando chove mesmo, a água infiltra na borracha que já está desgastada e aumenta. Tem que achar espaço onde está melhor", pontua. Outro que procura minimizar a situação, embora saiba da dificuldade, é o também treinador da modalidade em Prudente, Inaldo Sena. "Quando ocorreu a reforma, a manutenção não foi feita corretamente. Para ter competição aqui é complicado, mas para treinar a gente vai se virando. Pelo menos temos uma pista para treinar", detalha.

 

A situação

Aprovado em setembro de 2013, o projeto ainda está no papel. O contrato, segundo a pasta do governo federal, está em vigência, com valor "de repasse de R$ 12.599.329,21 (sendo R$ 11.336.237,28 em recursos do ministério), já contabilizada a suplementação por conta da variação cambial. Desse valor, o ministério já liberou R$ 4 milhões e aguarda que a Unesp faça a licitação da obra e inicie a execução da mesma antes de efetuar novos repasses".

De acordo com César Brandão, engenheiro da Aplo (Assessoria de Planejamento e Orçamento) da Unesp, não houve evolução, pois a universidade tem o receio de dar os primeiros passos e a obra não sair do papel. "Com isso, a Unesp fica de mãos atadas. Não houve a contrapartida. É uma questão de empenho de valores e a universidade não teria condições de assumir, caso o Ministério não liberasse totalmente o recurso. Na atual circunstância que estamos vivendo, acredito que dificilmente este quadro evolua", afirma.

 

A primeira

Em 11 de outubro de 2002, a pista foi inaugurada após passar por troca de 100% do piso, que atualmente é de laminado, da marca alemã Regupol – e foi colocado pela empresa Recoma. No novo projeto, será substituído pelo de tipo mondo, o mesmo utilizado nas grandes competições mundiais, como na edição dos Jogos Olímpicos, em Londres, em 2012.

 

 
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