A crise econômica é uma realidade no país e, durante sua persistência, cidadãos, empresas e poder público precisaram ajustar suas contas. Cortes de despesas e novas formas de receitas. Cada um buscou um meio de seguir em frente, para acomodar seu orçamento. Ainda que o respiro na sociedade seja com a ajuda de aparelhos, o quadro econômico apresentado pelos analistas é de melhora moderada. A própria mudança de governo e a expectativa de crescimento no consumo traz a esperança de um caminhar mais saudável aos brasileiros.
Seja dentro de casa ou pelas ruas das cidades, há quem se depara com cenários desconfortáveis provocados pelo desequilíbrio econômico e recuperação atravancada. A falta de investimento, sobretudo nos municípios, gerou a paralisação e não realização de obras, déficits nos cofres impulsionados pelas baixas arrecadações de tributos e impacto direto na qualidade dos serviços ofertados à população. O montante recebido pelos chefes do Executivo é ínfimo diante das necessidades nas áreas de saúde, educação e infraestrutura.
Os recursos são de extrema importância para as cidades e a inadimplência é uma realidade no país. Apenas por meio da conscientização e do aumento da renda do cidadão será possível amenizá-la. Foram tantos os casos de corrupção por políticos que a sociedade desacreditou no progresso com o dinheiro público, e, muitas vezes, deixa de arcar com os impostos, consolidando o pagamento somente por intermédio da Justiça ou em último instante antes do débito ser ajuizado. Outras não quitam estas obrigações, pois mal conseguem arcar com as despesas familiares e de seus empreendimentos.
Para a obtenção do repasse de verbas do governo federal é imprescindível que as cidades adiram a projetos e estejam em dia com a prestação de contas. A maioria dos recursos tem seu destino estabelecido pela União. Os municípios não podem deixar de receber verbas por não estarem com os conselhos municipais devidamente formados, por não apresentarem documentação necessária para a efetivação do recurso ou unicamente, por desconhecerem esta oportunidade ou suas regras.
Perder recursos ou mesmo não obtê-los por falta de conhecimento dos requisitos, como prazos, documentação necessária e outros é pura omissão e desrespeito com o cidadão. Mais do angariar estas verbas, é preciso saber usá-las com qualidade. Cada cidade sabe de sua necessidade e deve buscar todos os meios possíveis para atender o que a população mais carece.
