Oi, Mané!

Calma, não estou falando do “Perdeu, Mané! Não amola”, do “seu” ministro Barroso, em Nova York. Quem é ele mesmo? Desconheço e não interesso muito. Refiro-me ao Mané Garricha e ao Pelé! Mané rima com Pelé e Garrincha com “seu” Mané! Sem dúvidas! Não podemos confundir. Bandido é bandido, craque é craque. E como esquecer essa dupla, nos tempos da Copa do Mundo, no futebol. Eta!! Momentos difíceis em que estamos passando!
Haja saúde! Saúde e um brinde a todos que choraram pela Copa perdida, em 2022. Viva o Messi! Que saúde mental e física! Salve a Argentina! Que festa e que espetáculo! Pode até perder, mas já ganhou. E o Tite, que nos deixou todos “Tite’s”! Acho que ele não viu o Pelé e o Garrincha jogarem. Será que ele conhece o técnico Felipão? Aquele que mesmo o time perdendo, permanece no campo junto, na hora da alegria e da tristeza? Precisa fazer um curso sobre liderança! 
Passamos por momentos muito difíceis e ainda estamos passando. Pandemia, guerra na Ucrânia, eleições conturbadas e o desfecho da Copa, estávamos merecendo trazer o troféu para casa. Chegando mais um fim de ano! Que bom! Durante todo o ano, tenho certeza, tivemos que incorporar papéis de grandes equilibristas e malabaristas. Não somente os circenses sabem fazer malabarismos, tenho certeza que todos sabemos. Enfrentar os obstáculos e frustrações que defrontamos durante todo um ano, não é assim tão simples. Como palhaços no picadeiro, cuja maquiagem estampa um sorriso, onde muitas vezes não há motivos e realidade para isso, também vamos sorrindo sem ao menos um motivo. Viver exige sorrisos sem motivos. 
Também incorporamos papéis de jogadores de futebol, driblando a bola e correndo atrás dela para tentar fazer um gol. Passamos o ano inteiro correndo atrás dos nossos afazeres rotineiros, trabalho, estudo, filhos, mães, avos, namoradas, noivos, das notas escolares, de bons desempenhos, de dinheiro, enfim, vamos parando, essa folha e espaço têm limites. Temos que realmente driblar, driblar e algumas vezes fazer o gol. Mas nem sempre fazemos o gol. Temos de perseverar e persistir. A vida é um constante treinamento. 
Durante o ano, quantos momentos de alegria e tristeza, ganhos e perdas, encontros e desencontros, parcerias perfeitas, decepções, traições, êxito, conquistas e casamentos! A vida não para. Quantas vezes gostaríamos de gritar, sair do sério, andar descalços, ir de qualquer jeito, parar tudo o que estamos fazendo e contemplar “o nada”? Como contemplar “o nada”, com tantas regras, exigências, obrigações, deveres e cobranças. Cobranças de impostos, cobrança de beleza, de magreza, de gentileza, serenidade, de neurose e não psicose. A cobrança anda tão acirrada que a liberdade de expressão perdeu o estímulo. Se for fazer isso, deve fazer aquilo. Uma coisa desencadeia a outra. E vamos ficando reféns das normas e regras. Respire fundo e vá, siga a rotina. Muitas vezes é melhor ligar o piloto automático. Não há mal que tanto dure e bem que tanto perdure.
 

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