Os 80 anos de um evangelizador

OPINIÃO - Ramon Barbosa Franco

Data 29/06/2021
Horário 04:30

Nascido em 8 de junho de 1941, padre Zezinho é destas pessoas que parecem fazer parte da nossa família ou de pertencer ao círculo próximo de amizade, dessas pessoas que frequentam nossa casa e almoçam conosco aos domingos e feriados. O missionário do Cristo através da música chega aos 80 anos de idade com vigor e fé que nos inspira e nos entusiasma na esperança por dias melhores. Gravou em mais de cinco idiomas e assinou mais de 3 mil canções. Muitas, inclusive, sucessos absolutos e vivos no imaginário nacional. 
Sua obra musical preserva valores autênticos da arte brasileira. Quatro papas fizeram questão de conhecer pessoalmente o filho caçula do casal Fernando e Valdevina, que quando o garoto tinha apenas 2 anos de idade a família se mudou para Taubaté, no interior paulista. Aliás, atualmente, padre Zezinho mora nesta mesma cidade. Ingressou na vida religiosa aos 11 anos, no Seminário dos Padres Dehonianos. Sua ordenação ocorreu em 1966, nos Estados Unidos. Precursor dos padres-cantores, lançou seu primeiro álbum aos 27 anos de idade e nunca mais parou de cantar. 
Fã confesso deste evangelizador pela música e pela arte, na época em que cursei Jornalismo na Unimar (Universidade de Marília) lia com muita frequência os artigos assinados por padre Zezinho, que também tem uma lavra literária profunda. Ao completar 40 anos de vida sacerdotal, o religioso compôs “Pelos frutos que me dás”, canção que ele fez questão de reinterpretar agora, aos 80 anos de vida. “Tanta estrada por andar/Tantas lutas por lutar/Tantas buscas por buscar/ Eu não mereço/ Mas agradeço/Agradeço por ter feito/Alguma coisa por meu povo”. 
E, certamente, padre Zezinho fez muito e ainda muito há de se fazer. Nunca perdeu a essência de padre, de religioso à disposição do rebanho. Também não perdeu o poder da palavra, da sua fácil comunicação com nossa gente brasileira. Outras canções, como “Utopia” e “De lá do interior” são autênticos hinos, principalmente para quem opta pelo lado simples da vida. A mensagem de unidade, respeito e amor ao Cristo e a Deus cantada na obra e na voz de padre Zezinho é um tratado para a nossa humanidade, um norte para que se viva em harmonia com a comunidade, com o próximo e com as forças positivas que nos chegam do alto e do fundo do coração.
 

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