Os números consolidam a força do agro na geração de empregos

OPINIÃO - Guilherme Piai Filizzola

Data 18/08/2023
Horário 05:00

O agronegócio é um dos pilares fundamentais da economia brasileira e exerce um papel crucial na geração de empregos no país e também tem grandes potencialidades na nossa região. Com vastas extensões territoriais e recursos naturais abundantes, o Brasil possui condições favoráveis para o desenvolvimento desse setor, que engloba desde a produção agrícola até a agroindústria e a comercialização de produtos agropecuários. Portanto, só veio corroborar essa certeza a pesquisa publicada em vários veículos de comunicação que aponta que, no primeiro trimestre de 2023, pelo menos 28,1 milhões de pessoas trabalhavam no agronegócio. O número é recorde para esse período do ano desde 2012, quando o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) iniciou esse acompanhamento.
São trabalhadores voltados para o autoconsumo, assim denominados pela pesquisa. Eles estão, em sua maioria, dentro da porteira e somam 5,3 milhões no país. A pesquisa inclui nesse número tarefas de cultivo, pesca, caça, criação de animais e produção florestal. Estão incluídos, ainda, trabalhos de artesanato e algumas atividades dentro de outros segmentos, como o do agrosserviço. E há perspectivas de crescimento contínuo, pois essa relevância econômica resulta em maior disponibilidade de recursos para investimentos e, por consequência, na criação de empregos. 
Levando tal indicativo para a nossa região, o que chama a atenção no Pontal do Paranapanema é o potencial de crescimento que temos ainda a explorar. Segundo dados publicados por um estudo de 2022 do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) de São Paulo, há no Pontal um “pequeno relevo econômico em relação ao restante do Estado” e, “apesar da grande transformação da cobertura que a região vivenciou ao longo dos últimos 50 anos, ainda há um considerável patrimônio natural a ser desfrutado, que inclui unidades de conservação, sítios arqueológicos e recursos hídricos. Se por um lado essa crescente perda de vegetação nativa acabou dando lugar ao usufruto agrícola, novas cadeias produtivas foram criadas, assim como novas oportunidades surgiram”.
O estudo apontou que a geração de emprego e renda é um fator proeminente na fixação da população no território. Assim, se há oportunidades distribuídas pelos municípios que compõem o Pontal, há maiores incentivos para que a população permaneça em seus locais de origem. Por isso se torna tão salutar esse dado do crescimento da geração de emprego no agronegócio no país. Se o agro cresce, a nossa região cresce junto.
Nossas políticas públicas estão perfeitamente alinhadas com essa premissa. Ao possibilitar a regularização de propriedades rurais e urbanas, a Fundação Itesp visa conferir segurança jurídica aos proprietários e moradores, garantindo-lhes o acesso aos direitos fundamentais, reduzindo conflitos agrários, promover o crescimento ordenado e a inclusão social, e construindo um futuro mais justo e equitativo para todos.
 

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