Osvaldo Cruz

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que avisa: quem se arma até os dentes corre o risco de morrer de inanição

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 06/11/2022
Horário 05:30

Tem gente que está entre a cruz e a espada, enquanto Osvaldo Cruz está entre Inúbia Paulista e Parapuã, se percebi direito a localização da cidade no mapa da Alta Paulista. Parêntese: na década de 60 a região já era chamada de Nova Alta Paulista e nos dias atuais, que caminham não sabemos bem para onde, não se justifica mais tal denominação. 
É que o tempo passou e, presumo, a Alta Paulista já está na Terceira Idade. Mesmo assim, não cometerei a indelicadeza de chamá-la de Velha Alta Paulista. 
Que Osvaldo Cruz é uma das quatro cidades mais importantes da região todo mundo está calvo de saber e não careca de saber. Sei que um suíço chamado Max Wirth fundou a cidade, batizada inicialmente de Califórnia (pois é, pessoal, de vez em quando também dou umas gugadas).
A cidade tem seus famosos e anônimos brilhantes. Osmar Santos e Luiz Gushiken são, que eu saiba, os filhos mais ilustres pelo menos até agora. Durante a ditadura, quando urubu voava de costas no Brasil, os dois deram a cara pra bater, ou seja, lutaram, cada um em sua trincheira, pela volta da democracia. Osmar e Gushiken combateram o bom combate e, por isso, merecem respeito e admiração.
Com tanto sucesso, o locutor ficou conhecido como o Pai da Matéria e, sobre esse slogan pessoal, lembro que o também locutor esportivo José Italiano, que hoje mora no céu, não deixou por menos e, talvez para confirmar que era mais experiente que o Osmar, se autodenominava de o Avô da Matéria. 
Coisas do rádio!  Nessa questão de "parentesco radiofônico", eu ficaria contente se me chamassem pelo menos de Enteado da Matéria, o que estaria de bom tamanho.
Quanta bobagem e, mudando de Alexandre Pato para Paulo Henrique Ganso, lembro do compadre Joaquim e da comadre Celina, simpático casal que morava em Osvaldo Cruz e que também já foi embora deste insensato mundo, onde só fez o bem.  
Teve um dia em que o compadre Joaquim ficou doente e a preocupação dele era não sentir qualquer tipo de dor. "Pago qualquer quantia para não ter dor", disse ele à enfermeira que certamente lhe deu o melhor analgésico disponível na Santa Casa.
Falei do Osmar, com quem trabalhei na Rádio Globo, e me lembrei de outro locutor esportivo: o saudoso Soly de Souza, que morava em Osvaldo Cruz. Lembro do Soly narrando futebol na Rádio Brasil de Adamantina, onde também "locutei" na década de 60. Anos de chumbo, mas criativos.

DROPS

Quem semeia vento colhe energia eólica.

Se o aquecimento global continuar nesse ritmo, vamos acabar vendendo geladeira para esquimó.

Minha vida só não dá um romance porque já é um livro aberto.

O casamento é uma gaiola onde o alpiste nem sempre é de boa qualidade.

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