Outras saídas

OPINIÃO - Renato Mungo

Data 02/02/2021
Horário 05:00

Há dez meses enfrentamos a pandemia gerada pela Covid-19 na saúde e na economia; e há dez meses, o governo do Estado de São Paulo insiste em fechar as portas dos setores de comércio, bares e restaurantes pelo aumento de casos positivos; setores esses que alavancam e sustentam a economia, mas são colocados como não essenciais. 
Enquanto existe uma ineficiência na fiscalização célere e eficaz em festas clandestinas, muitos empresários fecham suas portas e alguns, diga-se, sem perspectivas de reerguê-las, já havendo notícias de desemprego em massa (estimativa atual é de 30% segundo o Sinhores (Sindicato de Hotéis e Restaurantes de Presidente Prudente e Região).
Como sabido, são cinco indicadores que rebaixam uma região no plano de flexibilização, sendo: ocupação de leitos UTI/Covid, total de leitos de UTI/Covid, novos casos positivos, número de internações e óbitos, esses quatro últimos por 100 mil habitantes.

Enquanto existe uma ineficiência na fiscalização célere e eficaz em festas clandestinas, muitos empresários fecham suas portas

Nada obstante, o próprio governo não tem honrado com sua palavra, já que há uma demora no envio de recursos para a reativação de leitos de UTI na região, em especial na Santa Casa e no Hospital Regional de Prudente, lembrando que um dos principais critérios para mudança de fase é a ocupação máxima em UTI (fase vermelha acima de 80% e laranja entre 70% e 80%, conforme o Decreto 65.460/21). 
Não se nega que há evidente descumprimento de regras sanitárias por parte da população e até alguns comércios, mas a melhor diretriz é a adotada? Fato é que as medidas postas em prática não têm surtido o devido efeito, e nosso governador tem feito ouvidos moucos à demanda proposta pela sociedade civil em encontrar alternativas para um funcionamento compatível, repisa, sem jamais distanciarmos do devido valor à vida e trabalho dentro de normais sanitárias exigidas.
Afinal, um dos mais notáveis papéis da sociedade civil é articular, intervir, fiscalizar, reivindicar diretrizes e participar ativamente das decisões do poder público. É em períodos instáveis como esse que a sociedade civil organizada aponta caminhos para restabelecer o equilíbrio político e social para consolidar a democracia.


 

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