"A fauna da região é fraca, em virtude do desmatamento para a formação de pastos e investimentos no setor pecuário". É o que afirma Sérgio Rangel, biólogo famoso, popularmente conhecido por suas participações em quadros de animais nos programas de televisão. Segundo ele, a região "é bela, mas degradada". "Derrubaram as florestas. Há muito pasto, o que colabora para o desaparecimento de animais nativos", comenta. O biólogo diz que, nos poucos fragmentos de matas existentes, ainda é possível encontrar certa população de cachorro do mato, tucanos e onça jaguatirica. "Macaco-prego, que está em extinção, é outro tipo de animal que podemos encontrar por aqui", relata.
Uma das riquezas destacadas por Rangel é a conservação de micos-leão-preto, no Parque Estadual Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio. "O mico-leão é uma espécie característica local e um dos primatas mais ameaçados do mundo", frisa.
O biólogo esteve em Presidente Prudente no início da semana para ministrar a palestra "Ferramentas importantes para a saúde e bem-estar dos animais silvestres" aos alunos dos cursos de Biologia, Medicina Veterinária e Zootecnia da Unoeste (Universidade do Oeste Paulista). Esta é a segunda vez que ele visita a cidade. Há alguns anos esteve em Prudente para um trabalho no zoológico do Parque Ecológico Cidade da Criança.
Sérgio Rangel trabalha há 30 anos com animais. Já atuou em zoológico, é formado em Biologia pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), mestre em Herpatologia – ramo da biologia que estuda répteis e anfíbios – e há 22 anos atua em programa televisivos, trabalhando, ao todo, em cinco canais de televisão.
O biólogo já tem outro programa para ser estreado em casa nova, desta vez na Band, no próximo dia 23 de maio. Em uma nova fase da carreira, ele estreia o "Sábado Animal", juntamente de seu amigo e também biólogo Richard Rasmussen, e da médica veterinária Manu Karsten.
Paralelo aos trabalhos na televisão, ele também ministra palestras em diversas universidades pelo Brasil sobre animais silvestres, consciência animal e conservação ambiental. "Nestes encontros, trabalho com motivação, conto minhas experiências, e mostro para os futuros biólogos que eles podem ir além da sala de aula, os veterinários além das clínicas, e incentivo a pesquisa e o serviço de campo", comenta Rangel.
