O que nasceu como um desafio lançado em 2020 transformou-se no domingo (13) em realidade: o Parque das Cerejeiras Naoe Ogasawara foi oficialmente inaugurado ao lado do Cemitério Japonês de Álvares Machado, durante a 105ª edição do Shokonsai. Em seu discurso, o presidente da comissão organizadora, Luiz Takashi Katsutani, relembrou a promessa feita anos atrás por Renato Ishikawa, então presidente do Bunkyo: “Se vocês fizerem o parque, eu dou as cerejeiras.”
Superando as dificuldades, preservando a história
O caminho, porém, não foi fácil. Katsutani destacou que as primeiras mudas enfrentaram dificuldades de adaptação ao solo, e muitas não resistiram. Hoje, das 300 mudas planejadas, 230 cerejeiras florescem no parque — um símbolo da persistência e do cuidado coletivo. “Tudo nasce de sonhos e desafios. Mas o que torna possível é a união dos parceiros e voluntários que abraçam as causas junto com a gente”, afirmou, destacando a participação de 300 voluntários na realização do evento.
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Homenagem ao pioneiro Naoe Ogasawara e a força da coletividade
O parque recebeu o nome de Naoe Ogasawara, um dos fundadores da associação que há 105 anos iniciou a história do cemitério e da comunidade japonesa em Álvares Machado. A família Ogasawara foi representada na solenidade pelo neto Atsushi Yoshi. “É uma justa homenagem a quem iniciou todo esse processo e deixou um legado de união e preservação cultural”, disse Katsutani.
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Uma ponte, um violinista e o ritual das velas: quando os sonhos conectam histórias
Durante a cerimônia, também foi inaugurada a nova ponte construída sobre a ilha do lago — um antigo sonho da organização, inspirado por um desejo do maestro Luizão, da Camerata de Presidente Prudente, que queria tocar violino na ilha durante o ritual das velas. “Lançamos o desafio e, como sempre, surgiram os parceiros certos. Assim construímos não só a ponte, mas fortalecemos o que o Shokonsai representa: memória, união e respeito aos antepassados”, ressaltou Katsutani.
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