Em médio e longo prazo, quando chegar o florescer da primavera, quem acessar Presidente Prudente pela Rodovia Raposo Tavares (SP-270) terá uma bela paisagem para observar. Trata-se do Parque Municipal dos Ipês, fruto da Lei 10.166, de autoria do prefeito Nelson Roberto Bugalho (PSDB), que cria o novo espaço na cidade.
O doutor em Geociências e Meio Ambiente, Marcos Boin, pontua que o Parque dos Ipês, que fica entre a Rodovia Raposo Tavares e a Ferrovia Sorocabana no ramal de Dourados (MS), é um importante fragmento a ser acrescentando no oeste paulista, "onde, por muitos anos, toda vegetação florestal foi destruída".
Boin diz que o parque é mais uma área protegida que está, inclusive, entre outros fragmentos ambientais de grande importância para Prudente. Entre eles, o especialista cita a Cidade da Criança, "com uma série de representantes da flora e da fauna", e o Recinto de Exposições "Jacob Tosello", "onde há uma área recuperada".
"Essa área [Parque dos Ipês] faz um elo entre os grandes fragmentos existentes. Com isso, por meio de corredores ecológicos, toda fauna irá circular e também acrescentará um fluxo gênico de flora", diz.
O prefeito Nelson Bugalho declara que este é um espaço de grande importância para a cidade e toda a região, pois, junto a outros fragmentos já existentes, proporcionará melhor qualidade ambiental e de vida à população.
O promotor de Meio Ambiente, Jurandir José dos Santos, acrescenta que, na época das árvores florirem, os motoristas serão recebidos na cidade pelas flores dos ipês. Ela lembra ainda que o município atua em várias frentes a fim de recuperar a época em que o segmento não era cuidado.
"Não havia preocupação, inclusive com recebimento de loteamentos sem que os loteadores tivessem cuidado com o meio ambiente. Há décadas a Prefeitura recebeu esses loteamentos e hoje os problemas acontecem, como assoreamento de rios e erosões, enfim, o poder público tendo que arcar com isso", considera.
Parque dos Ipês
Conforme a lei, o espaço, que fica em uma área de mais de 14 hectares, visa contribuir para manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos, florísticos e faunísticos; para preservação dos recursos hídricos, em especial as nascentes do Córrego do Cedro; garantir condições para preservação e restauração da diversidade de ecossistemas naturais; proteger paisagens naturais; além de promover a proteção e recuperação de ambientes degradados.
O novo espaço prevê ainda proporcionar meios e incentivos para atividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contato com a natureza e o turismo ecológico; e proteger as características da natureza geológica, geomorfológica, arqueológica, paleontológica e cultural do Córrego do Cedro.
